Levantar e Seguir

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Capítulo XVII

Questão de valor


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Ninguém pode alegar insignificância ou desvalia para fugir aos deveres que lhe competem, na obra de elevação do mundo.

A pedra quase impermeável serve aos alicerces.

A areia áspera é vultoso elemento na construção.

O remédio amargo é instrumento de cura.

O mal de agora pode ser simplesmente um véu de sombra, ocultando o bem de amanhã.

Há pessoas que se confessam inaptas [ou imperfeitas] para qualquer serviço do Evangelho; entretanto, isso acontece porque vivem esquecidas de que a Direção da Vida, entre os filhos da fé, não pertence à vontade humana.

O bloco de mármore, perdido no matagal, é simples calhau sem valor, mas, nas mãos do artista, é a fonte de que sairá a obra-prima.

Uma enxada ao abandono é traste inútil, entretanto, nos braços do bom lavrador é precioso instrumento na garantia do pão.

O pântano, em si, é pestilência e ruína, contudo, se recebe a assistência do pomicultor, dá lugar a vegetais que enriquecem a vida.

Um fio de cobre, perdido na via pública, é resíduo destinado à lata de lixo, mas se for ligado entre a usina e a lâmpada é o condutor imponente da luz e da energia que sustentam o progresso.

Se contamos exclusivamente conosco, na realidade somos meros átomos pensantes; todavia, se aceitamos a direção de Jesus para a nossa vida, cada experiência ser-nos-á indubitavelmente rica de bênçãos do Divino Mestre.

Pelo nosso passado, somos simples sombras, mas se o nosso presente procura imantar-se com o Cristo, nossa bússola indicará os horizontes da verdadeira luz em nosso favor.

Não te consideres tão somente pelo que és. Vejamo-nos em companhia do Cristo, para que o Senhor esteja em nós.

O zero à esquerda do número será sempre nada, mas à direita do algarismo, é valor substancial em ascensão crescente para o Infinito.

Lembremo-nos de que Jesus é a Divina Unidade e situemos nossa existência à direita do Nosso Senhor e Mestre.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada originalmente em julho de 1989 pelo IDE e é a 5ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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