Florações Evangélicas
Versão para cópiaCAPÍTULO 35
35<br>CIZ NIA
Os lexicógrafos definem a cizânia como sendo "rixa, desarmonia, discórdia entre pessoas de amizade". A cizânia constitui, pela sua própria estrutura, adversário ferino da obra de edificação do bem, onde quer que se manifeste. Parte integrante da personalidade humana, o espírito da cizânia facilmente se instala onde o homem se encontra. Estimulada pelo egoísmo, distende com muitas possibilidades as suas tenazes, surpreendendo quantos incautos se permitem, por invigilância, trucidar.
Soez, persistente, contínua, a cizânia, ao manifestar-se, divide o corpo coletivo em falsos grupos de eleição, que logo se entredisputam primazia, estabelecendo o combate aguerrido e franco sob os disfarces da pusilanimidade ou da simulação. A cizânia deve ser combatida frontalmente onde quer que o bem instaure o seu reinado. Para tanto, faz-se mister que cada membro ativo do grupo da ação nobilitante compreenda o impositivo da humildade. Como a característica essencial da humildade é fazer-se identificar sempre carecente de aprimoramento, enquanto se luta por adquiri-la, as farpas da inveja não se cravam no seu corpo o as disputas infelizes não vicejam. Ante o esforço para a fixação da humildade legítima, a cizânia não consegue proliferar, isto porque é muito mais produtivo ser taxado de ingênuo ou tolo, porém pacífico e cordato, a dúctil e lúcido, no entanto, combativo e promovedor da discórdia.
Não esqueças que mesmo no Colégio Galileu, não poucas vezes esse tóxico letal foi identificado, pernicioso, pelo Incomparável Senhor, que, não obstante o alto patrimônio da Sua elevação, teve que enfrentá-la com energia e humildade. Vigia, espírito dedicado, nas nascentes do labor que desdobras, na tarefa empreendida, e sê daqueles cujo serviço pode prosseguir sem tua cooperação, embora não possas marchar sem ele, por indispensável à tua elevação. Oferece a quota do teu trabalho, compreendendo que no cômputo geral a importância de cada um está na medida do esforço despendido, nunca em relação à função exercida. Impossível fulgir a joia não houvesse sido esse brilho precedido pelo esforço do garimpeiro ignorado, que se adentrou pela mina perigosa a buscá-la. A pérola pálida a refulgir ostenta sua beleza graças ao estoicismo do mergulhador que desceu às águas abissais para arrancá-la da ostra ergastulada nas rochas submarinas. No trabalho renovador ao qual te afervoras, não te olvides dos que atuam nas funções modestas, todavia indispensáveis ao serviço que desdobras. O rei não poderia rodear-se de conforto e grandeza sem o concurso do operário humilde que lhe ergueu o trono ou a cozinheira que lhe sustenta a manutenção do equilíbrio orgânico. E a estabilidade do seu império estaria sempre ameaçada não fosse a fidelidade dos que o mantêm, vigilantes, e muitas vezes ignorados. A cizânia nasce sempre no seio da vaidade que se faz nutrir pela presunção. Esquece, portanto, os títulos e valores a que te apegas, pois que eles nada valem diante d’Aquele a quem serves ou a quem procuras servir. A obra do bem tem passado sem ti e depois que passes ela prosseguirá passando. Reage à cizânia, impedindo que ela te domine no pensar, no falar, a fim de que não se desdobre através do agir.
Examina o íntimo do espírito para que as mentes geratrizes da cizânia, vitalizadas pelo pretérito infeliz e corporificadas em grupos de perturbadores do Mundo Espiritual, não encontrem na tua mente açulada o campo para as cogitações da censura injustificada aos que não podem ser iguais a ti, quer estejam abaixo ou acima do teu nível de produtividade. Não olvides que ao mais esclarecido é exigida maior dose de tolerância, de compreensão e de misericórdia. Quantas vezes o amigo, habitualmente fiel, em se voltando para agredir não se encontra enfermo? Neste momento, não há outras alternativas senão piedade e socorro para ele. Se desejas realmente, como apregoas, que cresça o trabalho do Cristo, não faças perniciosa distinção entre os servidores, não sugiras separativismos, não confrontes mediante opiniões que criam ciúmes ou açulam vaidades vãs pelo elogio gratuito, indiscriminado e improcedente, porque todo coração é maleável à palavra da bajulação dourada como todo espírito é acessível à referência azeda da impiedade, ao licor embriagante da perversão. Mantém, por tua vez, o compromisso da doação da palavra amiga e estimulante, quanto da advertência gentil, a fim de que possas prosseguir, seguro, na diretriz do equilíbrio. Recorda que foi a cizânia dos homens que levou Jesus à cruz, através da invigilância de um companheiro enganado.
Soez, persistente, contínua, a cizânia, ao manifestar-se, divide o corpo coletivo em falsos grupos de eleição, que logo se entredisputam primazia, estabelecendo o combate aguerrido e franco sob os disfarces da pusilanimidade ou da simulação. A cizânia deve ser combatida frontalmente onde quer que o bem instaure o seu reinado. Para tanto, faz-se mister que cada membro ativo do grupo da ação nobilitante compreenda o impositivo da humildade. Como a característica essencial da humildade é fazer-se identificar sempre carecente de aprimoramento, enquanto se luta por adquiri-la, as farpas da inveja não se cravam no seu corpo o as disputas infelizes não vicejam. Ante o esforço para a fixação da humildade legítima, a cizânia não consegue proliferar, isto porque é muito mais produtivo ser taxado de ingênuo ou tolo, porém pacífico e cordato, a dúctil e lúcido, no entanto, combativo e promovedor da discórdia.
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Não esqueças que mesmo no Colégio Galileu, não poucas vezes esse tóxico letal foi identificado, pernicioso, pelo Incomparável Senhor, que, não obstante o alto patrimônio da Sua elevação, teve que enfrentá-la com energia e humildade. Vigia, espírito dedicado, nas nascentes do labor que desdobras, na tarefa empreendida, e sê daqueles cujo serviço pode prosseguir sem tua cooperação, embora não possas marchar sem ele, por indispensável à tua elevação. Oferece a quota do teu trabalho, compreendendo que no cômputo geral a importância de cada um está na medida do esforço despendido, nunca em relação à função exercida. Impossível fulgir a joia não houvesse sido esse brilho precedido pelo esforço do garimpeiro ignorado, que se adentrou pela mina perigosa a buscá-la. A pérola pálida a refulgir ostenta sua beleza graças ao estoicismo do mergulhador que desceu às águas abissais para arrancá-la da ostra ergastulada nas rochas submarinas. No trabalho renovador ao qual te afervoras, não te olvides dos que atuam nas funções modestas, todavia indispensáveis ao serviço que desdobras. O rei não poderia rodear-se de conforto e grandeza sem o concurso do operário humilde que lhe ergueu o trono ou a cozinheira que lhe sustenta a manutenção do equilíbrio orgânico. E a estabilidade do seu império estaria sempre ameaçada não fosse a fidelidade dos que o mantêm, vigilantes, e muitas vezes ignorados. A cizânia nasce sempre no seio da vaidade que se faz nutrir pela presunção. Esquece, portanto, os títulos e valores a que te apegas, pois que eles nada valem diante d’Aquele a quem serves ou a quem procuras servir. A obra do bem tem passado sem ti e depois que passes ela prosseguirá passando. Reage à cizânia, impedindo que ela te domine no pensar, no falar, a fim de que não se desdobre através do agir.
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Examina o íntimo do espírito para que as mentes geratrizes da cizânia, vitalizadas pelo pretérito infeliz e corporificadas em grupos de perturbadores do Mundo Espiritual, não encontrem na tua mente açulada o campo para as cogitações da censura injustificada aos que não podem ser iguais a ti, quer estejam abaixo ou acima do teu nível de produtividade. Não olvides que ao mais esclarecido é exigida maior dose de tolerância, de compreensão e de misericórdia. Quantas vezes o amigo, habitualmente fiel, em se voltando para agredir não se encontra enfermo? Neste momento, não há outras alternativas senão piedade e socorro para ele. Se desejas realmente, como apregoas, que cresça o trabalho do Cristo, não faças perniciosa distinção entre os servidores, não sugiras separativismos, não confrontes mediante opiniões que criam ciúmes ou açulam vaidades vãs pelo elogio gratuito, indiscriminado e improcedente, porque todo coração é maleável à palavra da bajulação dourada como todo espírito é acessível à referência azeda da impiedade, ao licor embriagante da perversão. Mantém, por tua vez, o compromisso da doação da palavra amiga e estimulante, quanto da advertência gentil, a fim de que possas prosseguir, seguro, na diretriz do equilíbrio. Recorda que foi a cizânia dos homens que levou Jesus à cruz, através da invigilância de um companheiro enganado.
"Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá ser condenado no juízo".
"A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura que lhe são as formas de manifestar-se".
Lázaro - (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 9º — Item 6)
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Mateus 5:22
Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo, e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
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