Florações Evangélicas
Versão para cópiaCAPÍTULO 8
8<br>PRESUNÇÃO
Sutil quão traiçoeiro é miasma de fácil assimilação, que produz danos graves nos tecidos delicados da alma. Herança dos vícios pretéritos de que somente a pouco e pouco se liberta, o espírito que empreende a tarefa do aprimoramento não deve poupar esforços contra inimigo vigoroso e disfarçado qual esse. Apresenta-se multiface e sabe afivelar máscaras de hedionda feição, sorrindo nas situações em que se vê descoberto e chorando nos momentos de que se deveria utilizar para a libertação, adquirindo forças novas com inusitada selvageria para continuar os desmandos a que se afeiçoa. Reponta aqui na condição de melindre, em cuja exagerada suscetibilidade encontra campo para generalizar suas argumentações falsas, com graves danos para quem lhe enseja a penetração. Apresenta-se como ufania exacerbada e apropria-se dos requisitos morais daquele que se lhe faz vítima, conquistando láureas à própria incúria. Alma gêmea do orgulho, é filho especial do egoísmo, inimigo sórdido de toda construção moral do homem, comprazendo-se em desequilibrar e malsinar.
Discreto, enreda mentes invigilantes, e, soez, maquina estranhos raciocínios que distraem os seus cultores.
Imantado à própria natureza animal do homem, investe contra a natureza espiritual sob disfarces inesperados. Esse revel, atro e torvo inimigo do espírito, é a presunção.
Se alguém admoesta com carinho, objetivando ajudar, ele instila, malsão, odiosa irritabilidade no ouvinte, inspirando que ali se encontra um mau caráter desejando humilhar o indefeso lidador. . . Quando o amigo convida ao serviço com mansuetude o outro amigo, ei-lo a informar que alquile deseja deste fazer besta de carga. Se o patrão, por impositivo da ordem, observa o servidor descuidado, eis que a sua maléfica presença degenera o alvitre fazendo que o reprochável subalterno se transforme em inimigo silencioso. . . Quando o cooperador do serviço de elevação adverte o Irmão de trabalho, por esta ou aquela razão, sua voz brada, na acústica da alma: "Ele toma esta atitude porque é com você". . . E prossegue arregimentando vítimas que lhe dão guarida às Insinuações infelizes, até o desespero em que se verão a braços mais tarde.
Abstém-te do convívio da presunção e arrebenta-lhe o cerco nefando. Faze honesta fiscalização íntima à luz do Evangelho e descobri-la-á. Na tarefa de muitos, se te isolas; no agrupamento fraterno, se te supões desconsiderado; na atividade encetada, se reclamas falta de auxílio; na comunidade, se te tens na conta de humilhado; na realização do bem, se suspeitas de deslealdades sistemàticamente; e se te afirmas desamado, cuidado! —a presunção está corroendo- te por dentro. Examina Jesus e toma-O como modelo, situando-te no devido lugar, e se prossegues acreditando que necessitas lapidar a alma da incessante faina do bem, com otimismo e perseverança, estarás combatendo esse verdugo ominoso que tanto poderás chamar presunção como orgulho, melindre ou suscetibilidade, mas que em resumo é, sem dúvida, um dos piores Inimigos da tua evolução.
Discreto, enreda mentes invigilantes, e, soez, maquina estranhos raciocínios que distraem os seus cultores.
Imantado à própria natureza animal do homem, investe contra a natureza espiritual sob disfarces inesperados. Esse revel, atro e torvo inimigo do espírito, é a presunção.
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Se alguém admoesta com carinho, objetivando ajudar, ele instila, malsão, odiosa irritabilidade no ouvinte, inspirando que ali se encontra um mau caráter desejando humilhar o indefeso lidador. . . Quando o amigo convida ao serviço com mansuetude o outro amigo, ei-lo a informar que alquile deseja deste fazer besta de carga. Se o patrão, por impositivo da ordem, observa o servidor descuidado, eis que a sua maléfica presença degenera o alvitre fazendo que o reprochável subalterno se transforme em inimigo silencioso. . . Quando o cooperador do serviço de elevação adverte o Irmão de trabalho, por esta ou aquela razão, sua voz brada, na acústica da alma: "Ele toma esta atitude porque é com você". . . E prossegue arregimentando vítimas que lhe dão guarida às Insinuações infelizes, até o desespero em que se verão a braços mais tarde.
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Abstém-te do convívio da presunção e arrebenta-lhe o cerco nefando. Faze honesta fiscalização íntima à luz do Evangelho e descobri-la-á. Na tarefa de muitos, se te isolas; no agrupamento fraterno, se te supões desconsiderado; na atividade encetada, se reclamas falta de auxílio; na comunidade, se te tens na conta de humilhado; na realização do bem, se suspeitas de deslealdades sistemàticamente; e se te afirmas desamado, cuidado! —a presunção está corroendo- te por dentro. Examina Jesus e toma-O como modelo, situando-te no devido lugar, e se prossegues acreditando que necessitas lapidar a alma da incessante faina do bem, com otimismo e perseverança, estarás combatendo esse verdugo ominoso que tanto poderás chamar presunção como orgulho, melindre ou suscetibilidade, mas que em resumo é, sem dúvida, um dos piores Inimigos da tua evolução.
"Bem-aventurados os pobr es de espírito, porque deles é o reino dos céus".
"O orgulho me perdeu na Terra".
Uma Rainha de França - (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 2º — Item 8)
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Mateus 5:3
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
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