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Capítulo XV

Ouro e caridade


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O ouro de Tibério brilhava nas magnificências de Capri, mas, desapareceu na bolsa de desapiedados legionários, que faziam da violência o roteiro do despotismo.

A caridade de Cristo, sem ouro que lhe plasmasse a grandeza, até hoje, é a luz que orienta o caminho das nações.


O ouro de Nero garantia o esplendor de Roma imperial, entretanto, a breve tempo, converteu-se em perseguição e fogueira, incentivando a delinquência e a destruição.

A caridade dos apóstolos do Evangelho, sem ouro que lhes emoldurasse a humildade, construiu a resistência de três séculos de martírio, nos quais os paladinos da Boa Nova lastrearam, a preço de sangue e sacrifício, os alicerces da fé cristã, que representa a mais alta conquista do mundo.


O ouro da corte de Luiz XIII era fastígio e poder, no centro da Europa, mas recolheu-se, na retaguarda do progresso, à feição de poeira brilhante na pompa gelada dos museus.

A caridade de Vicente de Paulo, sem ouro que lhe estabilizasse o esquema de serviço, ainda agora é clarão vigoroso e sublime, inspirando epopeias de bondade e renúncia.


Sem dúvida, o ouro é criação do Senhor a serviço do homem, todavia, só o amor ao próximo é suficientemente grande para gerar com ele a bênção do trabalho e a riqueza da cultura, o socorro do entendimento e o tesouro do bem.

Não recuses o concurso do ouro digno que te visite as mãos, sem as lágrimas do sofrimento alheio, mas não te esqueças de ungi-lo no bálsamo da compreensão e da bondade, a fim de que estejamos aproveitando e prestigiando os empréstimos da vida, que nos são provisoriamente confiados pelo amor infinito de Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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