Fé, Paz e Amor

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Capítulo III

Equilíbrio


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Recordando o nosso dever de sustentação do corpo e do espírito, atendamos à harmonia por base de segurança.


Nem mesa lauta.

Nem prato vazio.


Nem excesso.

Nem carência.


Nem vigília demasiada.

Nem repouso constante.


Nem prodigalidade.

Nem sovinice.


É preciso evitar o desvario da fartura para que o abuso não nos entenebreça a razão, tanto quanto abolir as tentações da miséria que nos induziriam ao furto.

Não nos concede o Senhor um corpo entre os homens para menosprezá-lo à feição do lavrador preguiçoso que abandona o arado à ferrugem, nem nos confere na Terra o estágio da encarnação por escola do Espírito para que o convertamos em curso intensivo de anestesia da consciência.

Auxiliar o corpo para que o corpo expresse a alma e iluminar a alma para que a alma o renove e santifique é o caminho do equilíbrio indispensável à evolução.

Assim, se te decides a cultivar algum cilício, no propósito de estender as próprias virtudes, não te imobilizes nos pensamentos inúteis, mas, sim, verte o próprio suor nas obras da bondade, amparando os enfermos que as dores desfiguram, fabricando o agasalho aos que choram de frio, socorrendo o infortúnio em treva e desespero, ou calejando as mãos no auxílio à terra seca, porque no sacrifício de nossa segurança no amparo ativo aos outros é que surpreenderemos o trabalho do bem que ninguém nos pediu e que ninguém nos paga, por resplendente luz a clarear-nos sempre a rota para o Alto, em plena exaltação do verdadeiro amor.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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