Urgência
Versão para cópiaPrevenções
Não permitas que a prevenção negativa te obscureça o pensamento.
A imaginação intoxicada por ideias infelizes é capaz de gerar enfermidades que, por vezes, raiam na loucura ou na delinquência.
Habitua-te a refletir com elevação nas razões alheias, tanto quanto agradeces, aos que te rodeiam, a compreensão com que acolhem as tuas, nessa ou naquela circunstância, a fim de que a paz permaneça contigo.
Não mentalizes o mal, quando determinadas atitudes dos outros se te afigurem diferentes.
O amigo que se te afastou da convivência terá problemas graves que ainda não conheces;
a irmã que, de momento, não te considerou a palavra, decerto estaria fixando a atenção em assuntos outros que lhe prenderam os ouvidos em provisória surdez;
o chefe ou o subalterno que te receberam em serviço com o sobrecenho carregado serão talvez portadores de crises orgânicas ainda imanifestas;
e o colega que te tratou com aspereza provavelmente se mostra aturdido por desastres ou provações em família que lhe inibem, por agora, o prazer da cordialidade.
Resguarda a tranquilidade própria, a fim de que não a percas.
Vigilância é higiene do espírito.
Prevenção negativa, no entanto, é censura antecipada.
Não adquiras pensamentos destrutivos na feira da desconfiança.
Imuniza-te contra o desequilíbrio, mas não te armes contra ninguém.
Conserva o coração no clima da paz e da alegria e reconhecerás que é possível viver tranquilamente, desde que deixemos aos outros a iniciativa de assumirem as próprias experiências e igualmente viver.
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