Da Manjedoura A Emaús

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CAPÍTULO 27

Últimos momentos no Calvário

E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo os seus vestidos lançaram sortes. (Lucas 23:34)
O lançamento às feras, a queima em fogueira, o empalamento e a crucificação eram as penas mais graves da legislação romana.
A mais cruel e extremada era a crucificação. A palavra veio de cruciare, torturar, atormentar. Por isso, esse gênero de morte era restrito aos homens de origem “mais desprezível” e que possuíssem enormes culpas, escravos, criminosos perigosos e provincianos revoltosos, sendo proibida aos romanos, exceto em casos de alta traição contra o Estado.
Um século antes de Jesus, uma longa fila se formou na estrada de Cápua até Roma, seis mil escravos, liderados por Espártaco, foram crucificados pelo crime de rebelião, após terem vencido diversas legiões romanas. Em Jerusalém, Varo ordenou 2 mil crucificações no ano 4 d.C.; Floro crucificou 3.600 homens em 66 d.C.; em 70 d.C., Tito mandou à cruz 500 por dia.
Originária da Ásia (ZUGIBE, 2008, p. 70), a crucificação foi difundida pelos assírios, fenícios e persas. Até os essênios impunham a pena de crucificação, pelo crime de blasfêmia ou idolatria.
Pelos séculos, variadas metodologias de execução foram concebidas, e a mais dolorosa foi aplicada a Jesus.
Depois da flagelação, o condenado era atado a um travessão (patibulum), que deveria carregar até o local da execução, onde seria suspenso no madeiro, preso por cordas nos braços e pés, ou por pregos (a regra no método romano – ZUGIBE, 2008, p. 75).
Prova arqueológica do uso de pregos na crucificação romana, obteve- se com a ossada de um jovem de cerca de 20 anos, identificado no seu ossuário como “Jehohanan o filho de HGQWL” (Iokanan ben Há’galgol), descoberta em 1968 ao norte de Jerusalém, em Giv’at há-Mivtar. É o único esqueleto de pessoa crucificada já encontrado, relativo ao período anterior à primeira guerra romana contra os judeus (de 66 a 70 d.C.). Um prego de ferro ainda estava preso aos ossos de seus calcanhares, com uma placa feita de madeira de oliveira entre o osso e a cabeça do prego. O prego atingiu um nó da madeira vertical e entortou. Quando Iokanan foi retirado da cruz, o prego permaneceu unindo os seus calcanhares. Os pregos não atravessaram suas mãos, mas sim os antebraços, logo acima das juntas das mãos.
Fora essa descoberta, nenhuma outra evidência das crucificações naquele período foi encontrada, até o momento. Como pode ser isso, se eram tão comuns? Explica-se, sem os pregos nos esqueletos, a crucificação não deixava sinais suficientes à sua caracterização. Havia grande demanda pelos pregos, ou eram arrancados para serem reutilizados em outras crucificações, ou, muitas vezes, eram retirados, e até furtados, em razão do credo popular que supunha neles amuletos com poderes mágicos, capazes de afastar o mal e curar enfermidades. (ZUGIBE, 2008, p. 71.)
Os evangelhos não se referem diretamente ao uso de pregos em Jesus. É o quarto evangelho que, reportando a Tomé, menciona possíveis marcas de pregos nas mãos de Jesus: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos”. (JOÃO 20:25.)
Amélia Rodrigues, a poetisa do Evangelho, quando narra esse tocante momento do texto joanino, observa que, em verdade, os pulsos de Jesus é que foram pregados, e não suas mãos, o que é mais coerente com a anatomia humana. (FRANCO, 2000, p. 158.)

Lendária tradição propôs que Helena, a mãe do imperador romano Constantino, descobriu os três pregos por volta do começo do século IV. Um desses pregos seria o que está exposto na Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, em Roma, medindo 12,5 centímetros de comprimento, e muito semelhante ao encontrado ligando os calcanhares de “Jehohanan o filho de HGQWL”.
Em 341 d.C., a crucificação foi abolida por Constantino. Mesmo assim, continuou sendo praticada, especialmente em desprezo a cristãos, ao longo dos séculos. Há registros disso no século VII, nas lutas entre árabes e cristãos, e durante as cruzadas. No campo de concentração de Dachau, nazistas crucificaram judeus. No Egito, houve crucificação de cristãos, em 1998. No Sudão, o código penal faculta a crucificação ou a execução seguida de crucificação, com a mão direita e o pé esquerdo amputados. (ZUGIBE, 2008, p. 72-73.)
Jesus recebeu “cruz alta”, própria para quando se desejava expor o condenado, tanto que para lhe dar o vinagre o soldado prendeu a esponja molhada na ponta de uma vara. (MARCOS 15:36.)
O termo “cruz” chegou às línguas modernas significando uma linha que atravessa outra. Contudo, a palavra grega stauros e o latim crux favoreceram um entendimento mais amplo, para também chamar de cruz grega a estaca (crux simples) em que pessoas eram atadas e empaladas, penduradas, pregadas ou amarradas. A crux simples era a mais usada quando se tratava de numerosa quantidade de pessoas a serem crucificadas.
Era comum também o uso da crux commissa, em forma da letra “T” maiúscula.
A cruz de Jesus deve ter sido a crux immissa, aquela que apresenta uma pequena extensão vertical após o entroncamento com o patibulum, já que LUCAS 23:38 relata que a tabuleta com a inscrição foi colocada “acima dele”.
A cruz representava a humanidade miserável reduzida ao último grau de impotência, sofrimento e degradação. [...] reunia tudo o que o pior carrasco poderia desejar: tortura, escárnio, degradação e morte certa, lentamente destilada, gota a gota. (WINTER, 1998, p. 146.)
A transformação da cruz em símbolo cristão só ocorreria mais tarde, por ação da Igreja Católica. A cruz, para os habitantes do Mediterrâneo, durante os primeiros séculos da Era Cristã, representava morte infamante, destino dos criminosos mais endurecidos e dos inimigos públicos. Logo, um símbolo a ser evitado.
Observada à distância, a colina da crucificação de Jesus possuía uma saliência no solo rochoso que fazia lembrar uma grande cabeça humana. Daí, em hebraico, gulgoleth, lugar do crânio ou caveira; no latim, calvariae, caveira. A vasta área de cemitérios fazia dali um local propício para as execuções de pena de morte.
A área do Calvário se situava numa pedreira externa, mas próxima dos muros de Jerusalém (JOÃO 19:20), pois os romanos escolhiam as estradas mais frequentadas, onde o maior número de pessoas pudesse ver e se amedrontar. (GHIBERTI, 1986, p. 677.)
Cerca de cem anos depois, ao tempo de Adriano, o lugar foi coberto pelo Capitólio da Aelia Capitolina, e a rocha do Calvário se transformou em pedestal para a estátua da Fortuna.20 Em 428 d.C., esforços cristãos reencontraram essa rocha, que passou a servir de pedestal a uma cruz de ouro coberta por um baldaquino (espécie de armação, sustentada por colunas, servindo de cúpula a um altar). Séculos de destruições e incêndios, e consequentes reconstruções, levaram essa rocha quase ao desaparecimento, restando hoje pequena estrutura, que foi anexada aos muros das capelas erguidas à volta.
MATEUS 27:34 e MARCOS 15:23 relatam que, na chegada ao Calvário, houve tentativas de dar a Jesus uma bebida: “vinho misturado com fel”, disse Mateus; “vinho com mirra”, escreveu Marcos.
Plínio, em sua História Natural (apud GHIBERTI, 1986, p. 679), escreveu que os antigos conheciam o efeito anestésico da mirra associada ao vinho.

Os judeus tinham o costume de preparar vinho com um pedaço de mirra, que Mateus chama de fel, objetivando tirar a consciência do condenado. Eram as mulheres piedosas as responsáveis pela preparação e oferta do entorpecente. No entanto, Jesus se recusou a ingeri-lo.
Suarentos, os legionários iniciaram a sinistra canção dos martelos sobre os pregos. Um deles segurou Jesus pelo peito, outro segurou suas pernas, e um terceiro pregou seus pulsos. Em seguida, dois deles amarram as extremidades da barra de madeira; outro abraçou Jesus pela cintura, colocando-o de pé. A barra de madeira foi erguida e encaixada na estaca. Os pés foram acomodados na estaca e pregados.
O Titulus Crucis era uma tabuleta exigida pela lei com a descrição da natureza do delito praticado pelo sentenciado à cruz. Durante o trajeto ao local da crucificação, a tabuleta era amarrada ao pescoço e, depois, pregada acima da cabeça do cruciarius.
Pôncio Pilatos, em represália aos que o coagiram a proferir a injusta condenação, mandou inscrever: “Este é Jesus, o Rei dos judeus”, de acordo com MATEUS 27:37. A versão marcana [Marcos] restringiu-se a “Rei dos judeus”. Lucas nada mencionou sobre isso. Mas João formulou a sentença que ganhou a posteridade: “Jesus Nazareu, o rei dos judeus” (JOÃO 19:19-22) — INRI: Iesus Nazarenus Rex 1udeorum, em latim.
Foram, talvez, as únicas palavras escritas sobre Jesus durante sua vida.
A inscrição estava reproduzida em hebraico, grego e latim (o que era comum), e os chefes dos sacerdotes repreenderam Pilatos, propondo que ela constasse “Este homem disse: Eu sou o rei dos judeus”, e não como estava, “O rei dos judeus”, ao que Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi”.
A Basílica de Santa Cruz, em Roma, possui uma relíquia feita com madeira da nogueira, e que mede 25 centímetros de comprimento por 15 centímetros de largura e 2,6 centímetros de espessura. Ela seria parte do Titulus Crucis de Jesus. Apresenta três linhas de palavras escritas em latim, grego e hebraico ou siro-caldaico. Está muito danificada. E teria sido descoberta por Santa Helena, a mãe de Constantino. Mas testes com Carbono 14 indicam que esse objeto data do período entre 915 e 1074 d.C.
Após a crucificação, os legionários exerceram o direito de partilha das vestes (túnica, faixa, manto, sandálias): “E repartiram as suas vestes, lançando sorte sobre elas, para saber com o que cada um ficaria”. (MARCOS 15:24.)
Todos os evangelistas mencionam a ocorrência. JOÃO 19:23-24, porém, dá a ela maior consideração, ressaltando que a túnica de Jesus era uma peça única, sem costura, de alto a baixo. Somente quanto a ela os soldados tiraram a sorte, a fim de que não fosse rasgada, na divisão.
Várias pessoas acompanhavam a crucificação e muitas zombavam de Jesus.
— “Salva-te a ti mesmo, desce da cruz!” (MARCOS 15:30.)
O coro dos sacerdotes e escribas acompanhava os impropérios populares:
— “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! O Messias, o Rei de Israel... que desça da cruz, para que vejamos e creiamos!” (MARCOS 15:31-32.)
Até um dos crucificados também ironizava Jesus (LUCAS 23:39-43): — “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós”.
O outro, porém, advertiu o primeiro:
— “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal.”
E acrescentou:
— “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino”. Ele respondeu:
—“Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”.

Dimas, o chamado bom ladrão, é a única voz a defender Jesus no Calvário.
Conta Amélia Rodrigues (FRANCO, 2000, p. 152-153) que Dimas estava ao lado direito de Jesus e procurava um rosto conhecido entre aqueles que abaixo das cruzes testemunhavam sua vergonha, condenado por assaltar caravanas ao lado de Giestas, o outro crucificado. Sua mãe, Tamar, acompanhava o filho na hora de agonia, amparada por Esther, jovem noiva de Dimas.
Ao percebê-las, prodigioso sentimento esgueirou-se pelo seu íntimo: foi tomado de honesto arrependimento. A muralha da incredulidade começou a fender. A fé vicejou da frincha do sofrimento moral. Reconheceu seus enganos, identificou o inocente à sua esquerda e repreendeu a zombaria do cúmplice afogado em revolta. Ansiava por perdão, e, procurando confortar a mãe e a noiva infelizes, enviou ao Messias de Nazaré a humilde solicitação: “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu reino”. E a magnífica resposta não tardou.
Jesus lhe afirmou naquele dia (eu te digo, hoje,) que no futuro (estarás — verbo no modo indicativo, no futuro do presente) ele habitaria uma morada de Espíritos enobrecidos, após depurar-se, evidentemente. Mas, sem dúvida, desde aquela hora, sua humilde e confortante defesa do Cristo, bem como sua confiante entrega aos cuidados dele, atraiu a Dimas a proteção e a intercessão misericordiosa de Jesus.
Não é razoável interpretar que Jesus prometia o paraíso para Dimas naquele mesmo dia. Primeiro, por princípio de Justiça: o arrependimento de última hora, mesmo que sincero, não pode compensar uma vida de crimes. A eliminação dos traços de uma falta e suas consequências exige a observância da trilogia “arrependimento, expiação e reparação”. (KARDEC, 2013d, Pt. 1, cap. VII, 16o código penal da vida futura.) Embora o arrependimento seja o passo inicial para a regeneração, por si só não atende à necessidade de educação do infrator, nem respeita a justiça para as vítimas, o que só ocorrerá com a reparação. Segundo: essa linha interpretativa sugere que Jesus ressuscitou no terceiro dia e somente ascendeu aos céus várias semanas depois. Dentro dessa concepção, Jesus não estaria no paraíso naquela sexta-feira.
Em favor dos demais, Jesus suplicou:
— “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem”. (LUCAS 23:34.)
Mulheres emudecidas faziam a vigilância junto à cruz: Maria, sua mãe; Maria de Cléofas, apresentada como irmã de Maria de Nazaré e mãe de Tiago (o Menor) e José; Maria de Magdala; Salomé, mãe de Tiago e João, e “muitas outras que subiram com ele para Jerusalém”. (MARCOS 15:40-41.) Dos apóstolos, somente João estava presente, embora LUCAS 23:49 fale de amigos que “permaneciam à distância”, entre eles o primeiro mártir cristão, o velho Simeão, da Samária, cujo sacrifício é narrado encantadoramente por Emmanuel. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. X.)
Em certo momento, a fronte do divino Supliciado encontrou sua mãe e João abraçados e mergulhados em profunda comoção. Jesus disse a ela: “Mulher, eis o teu filho!” E dirigindo-se com entonação especial ao discípulo mais afim: “Eis a tua mãe”. (JOÃO 19:26-27.)
Simeão havia profetizado a Maria: “[...] e a ti, uma espada traspassará tua alma”. (LUCAS 2:35.)
Desde a hora sexta (meio-dia) até a hora nona (três da tarde), o céu escurecera. Crucificado em torno da hora terceira (nove horas da manhã), “à hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona”. Às três horas da tarde, ouviu-se Jesus proferir forte grito: “Eli, Eli, lamá sabachtháni?” Alguns circunstantes entenderam que Ele chamava por Elias, porque suas palavras escaparam enfraquecidas entre a dor e o cansaço; e, sarcasticamente, desafiaram: “Vejamos se Elias vem salvá-lo!” (MATEUS 27:45-49.)
“Eli, Eli, lamá sabachtháni?” — Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
Trata-se da primeira frase do SALMO 22, de Davi, no dialeto aramaico. Contém a lamentação de um justo por seus sofrimentos e suas esperanças;
ao final, eleva-se a prece do inocente perseguido em ação de graças pela libertação esperada.
Lucas e João não mencionam essa evocação de Jesus. É possível que tenham evitado apresentar Jesus formulando palavras que, fora do meio judaico, poderiam soar como indicação de desespero e fé vacilante. Para os judeus, todavia, que viviam no âmbito da Bíblia, essa citação nenhuma estranheza causaria, antes pareceria adequada.
Não foi uma expressão de solidão ou de abandono que envolveu Jesus na hora extrema. Em verdade, Ele pronunciava o início de um cântico bíblico de infinita confiança: “Nossos pais confiavam em ti, confiavam e tu os salvavas; eles gritavam a ti e escapavam, confiavam em ti e nunca se envergonharam”. (SALMO 22:5 e 6.)
Ademais, o SALMO 22 gozava de caráter messiânico, segundo alguns especialistas. Davi falara em nome do Messias nessa prece. O registro das primeiras palavras do salmo na boca de Jesus tinha o intuito de evidenciar esse caráter messiânico. Então, disse Jesus: “Tenho sede”. (JOÃO 19:28.) Uma esponja molhada em vinagre foi estendida num ramo de hissopo (planta aromática) até seus lábios (MARCOS 15:36), e Ele tomou.
É bem possível que um dos legionários tenha se apiedado dele, oferecendo-lhe a posca, mistura de água e vinagre, que os soldados romanos traziam como recurso para vencer o calor estafante.
Contudo, para Dominic Crossan (1995b, p. 172), a primeira bebida — vinho com mirra — foi um ato de misericórdia, mas a segunda foi um ato de zombaria. E cita LUCAS 23:36 em apoio: “Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe vinagre”.
Depois de tomar o vinagre, Jesus bradou: “Está consumado”. (JOÃO 19:30.) E recomendou-se a Deus: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (LUCAS 23:46.)
Outra vez Jesus faz alusão a um salmo. Desta vez ao SALMO 31:6: “em tuas mãos eu entrego meu espírito”.

Isso acontecia, e, no Pretório, sacerdotes do Templo requeriam a Pilatos o crurifragium, isto é, que as pernas dos condenados fossem quebradas, a fim de acelerar suas mortes e retirá-los do Gólgota, de modo a não ofender o Sábado,21 pois no Judaísmo o novo dia começa ao cair da noite; no caso do sábado, após o entardecer da sexta-feira. O cadáver devia permanecer exposto pelo resto do dia, mas o direito judaico impunha que o corpo fosse enterrado antes do pôr do sol.
De fato, o DEUTERONÔMIO 21:22-23 estabelece:
Se um homem, culpado de um crime que merece a pena de morte, é morto e suspenso a uma árvore, seu cadáver não poderá permanecer na árvore à noite; tu o sepultarás no mesmo dia, pois o suspenso é um maldito de Deus [...].
O texto mosaico se refere em especial aos condenados e mortos, e depois suspensos numa árvore. Crucificação de cadáveres e não de vivos.
John Dominic Crossan (1995b, p.
193) questiona se o trecho do Deuteronômio também se aplicaria à crucificação dos vivos. Entre os Manuscritos do Mar Morto, o Pergaminho do Templo (11QTemplo)22 apresenta a posição dos essênios quanto à questão, revelando que eles defendiam a crucificação pelos menos para os crimes de traição e blasfêmia, exigindo a observação do Deuteronômio para a crucificação tanto de cadáveres quanto de vivos.
O crurifragium, em geral, era aplicado como golpe de misericórdia, causando severo choque traumático e hemorrágico. Uma fratura dos ossos da perna pode causar grande perda de sangue. No homem crucificado da escavação de Giv’at há Mivtar foi praticado crurifragium na tíbia e na fíbula. Considerando-se as lesões anteriores sofridas pelo executado, o nível do choque traumático se elevaria com a violenta dor da fratura das pernas, e a hemorragia provocaria um choque hipovolêmico, com perda da pressão sanguínea, congestionamento nas extremidades inferiores, resultando em perda da consciência, coma e morte. (ZUGIBE, 2008, p. 137.)
As pernas de Dimas e Giestas foram quebradas com uma marreta, mas quando chegou a vez de Jesus nada fraturaram. Um soldado, todavia,
lancetou-o no lado do tronco, para confirmar o óbito.
Existem várias teorias sobre a causa da morte na cruz. As mais prestigiadas são: a hipótese da sufocação (asfixia); ataque cardíaco com ruptura do coração; e choque traumático (dos ferimentos) e hipovolêmico (diminuição rápida do volume de sangue e fluidos corporais).
A hipótese da sufocação parte do pressuposto de que o suspenso na cruz precisava se apoiar sobre os pés para tomar fôlego. A hemorragia, embora profusa, decorrente da flagelação e perfurações, não matava, mas, sim, a obstrução respiratória.
O diafragma é um músculo importante na respiração humana e separa a cavidade torácica da abdominal, unindo-se, na parte frontal, ao esterno, e atrás, à coluna vertebral. Possui vários orifícios por onde o esôfago, a aorta e a veia cava inferior passam, bem como vasos linfáticos e nervos. Quando se inspira, o diafragma se contrai e desce, as costelas se erguem, e o tórax expande; o ar, então, penetra os pulmões. Na expiração, o diafragma sobe, o tórax se contrai, movimentando o ar para fora.
Durante a crucificação, o diafragma seria estendido pelo peso do corpo, travando o movimento de expansão e contração do tórax, assim impedindo a penetração do ar nos pulmões. Espasmos violentos convulsionariam o crucificado. Os membros retesados obstruiriam a circulação sanguínea. O coração e os pulmões vagarosamente seriam contidos por cãibras e asfixia. Quebrar as pernas constituiria o modo de apressar o desfecho, pois impediria o apoio dos pés e dificultaria a retomada do fôlego.
O Dr. Frederick Zugibe (2008, p. 142-146), Ph.D., especialista em patologia forense e professor adjunto de clínica e cirurgia na Universidade de Colúmbia (Nova York), fez experimentos em seu laboratório com a suspensão na cruz de diversas pessoas voluntárias. As experiências culminaram com os seguintes resultados, que desautorizam a hipótese da morte por asfixia:
1. Em todos os voluntários a respiração se tornou abdominal e as inspirações eram curtas, com expirações mais longas;

2. Nos voluntários que sentiram alguma dificuldade para respirar, isso se verificou no começo do procedimento, e desapareceu em seguida;
3. A auscultação dos pulmões não revelou nenhum som patológico durante o procedimento de suspensão;
4. Em vez da diminuição da quantidade de oxigênio no sangue durante a suspensão, os voluntários revelaram uma crescente saturação de oxigênio;
5. Dado o esforço muscular, o ácido lático no sangue aumentou cerca de três vezes e meia em relação ao nível normal, depois de 15 minutos de suspensão, e o ácido lático é estimulante respiratório, causando a hiperventilação, com o objetivo de aumentar o suprimento de oxigênio.
A teoria do ataque cardíaco, com rompimento do coração, é refutada por Zugibe. O ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio (músculo cardíaco), ocorre quando ele não recebe nutrientes e oxigênio por meio dos dois grandes vasos que o servem: as artérias coronárias esquerda e direita. Se essas artérias são bloqueadas ou obstruídas, a área do músculo cardíaco à frente do bloqueio ou obstrução morre. O infarto do miocárdio, assim, é um processo de necrose (morte do tecido) da parte do músculo cardíaco, que sofre uma redução significativa e por tempo expressivo de sangue. A oclusão de uma artéria coronária em geral se dá por formação de placas de gordura que estreitam o canal da artéria. Entretanto, dor intensa e estresse emocional também podem provocar o fechamento de uma artéria. Uma consequência rara do ataque cardíaco é a ruptura do coração. A morte do tecido muscular gera o amolecimento do músculo cardíaco, e o coração tenta se curar formando um tecido cicatricial, um processo de cicatrização local. A área do infarto, amolecida, torna-se suscetível de ruptura. Se o paciente não descansar nos primeiros dias após o ataque cardíaco, o aumento da pressão pode romper o tecido amolecido, fazendo o sangue ir para fora do coração, para o saco que o circunda, o pericárdio, onde se divide entre soro (água) e coágulos, após o óbito.
Nessa hipótese, a ruptura do músculo cardíaco, depois do infarto do miocárdio, ocorreria entre um dia e quatro semanas depois do ataque. Os crucificados não costumavam resistir tanto tempo.
Para Zugibe, a causa de morte mais comum na cruz era a parada cardíaca e respiratória, em razão (1) dos choques traumático (por ferimentos) e hipovolêmico (perda abrupta de sangue e fluidos corporais); (2) das dores superlativas e dos severos traumas na pele, nos músculos, nos ossos e nos nervos, que provocavam hemorragias e intensa transpiração, no caso de ter havido a flagelação; (3) da fadiga pelas tantas horas sucessivas de sofrimentos, com o corpo sustentado pelos pregos nos punhos e nos pés.
Narra MATEUS 27:51-53 que, no Templo, o véu do Santuário (que limita o ingresso ao Santo dos Santos, área mais sagrada) se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu, e as rochas se fenderam. Acrescenta o evangelista que, depois da chamada ressurreição de Jesus, Espíritos circularam por Jerusalém e foram vistos por diversas pessoas.
Três horas de escuridão enegreceu o céu, como se expressasse luto pela agonia de Jesus.
O Espírito Eros escreveu (FRANCO, 2001, p. 49): “As sombras das almas perdidas nas sombras da tarde mortuária cambaleiam como espectros de horror... Soa a hora extrema da morte”.
O jovem profeta Amós predisse (BÍBLIA, 1965, Am 8:9-10):
E naquele dia acontecerá, diz o Senhor Deus, que o sol se porá ao meio-dia, e farei cobrir a Terra de trevas na maior luz do dia. E converterei as vossas festas em luto, e todos os vossos cânticos em pranto [...] porei o país num pranto desfeito, como o que se faz por um filho único, e farei que o seu fim seja um dia de amargura.
No momento da morte de Jesus, a escuridão cessa e a luz retorna: “[...] houve trevas sobre toda a Terra, até a hora nona”. (MARCOS 15:33.)
O livro dos espíritos apresenta múltiplas indagações de Allan Kardec sobre a “Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da natureza”. Na questão 536a, o Codificador perguntou:

Esses fenômenos sempre têm o homem por objeto?
“Algumas vezes eles têm o homem como razão imediata de ser. Mas também é frequente terem por único objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza”. (KARDEC, 2013a.)
Pode-se inferir, portanto, que os Espíritos superiores comandaram os agentes espirituais vinculados às forças telúricas, improvisando os efeitos atmosféricos ocorridos durante a crucificação e, especialmente, os efeitos sísmicos verificados após a morte de Jesus, que tiveram por objetivo o homem, ou seja, assinalar aos expectadores da tragédia do Gólgota a procedência divina do enviado desprezado.
Nos momentos finais de Jesus, no madeiro, “a terra tremeu e as rochas se fenderam. Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos”. (MATEUS 27:51-53.)
Obviamente, quando Mateus fala dos túmulos que se abriram e dos muitos corpos de santos falecidos que ressuscitaram, o que se viu foram possíveis materializações ou vidência de Espíritos que se manifestavam com o propósito de salientar o infame atentado contra o inocente da Cruz.
Ante os fenômenos no Calvário, o centurião que coordenava as execuções exclamou, assombrado, conforme MARCOS 15:39: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus!” LUCAS 23:47 anotou: “Realmente, este homem era um justo”. Mateus repetiu Marcos. Lucas, entretanto, parece mais razoável. “Lucas faz o centurião responder à morte de Jesus, mas com uma declaração da sua inocência, e não com uma de fé cristã”. (CROSSAN, 1995b, p. 234.) O texto lucano ainda informa que a multidão presente voltou à cidade alarmada, “batendo no peito”.
Emmanuel relatou a visão de Lívia, esposa do senador Publius Lentulus, durante os acontecimentos do Gólgota (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. IX, p. 126):

De repente, sentiu-se tocada por uma onda de consolações indefiníveis. Figurava-se-lhe que o ar sufocante de Jerusalém se havia povoado de vibrações melodiosas e intraduzíveis. Extasiada, observou, na retina espiritual, que a grande cruz do Calvário estava cercada de luzes numerosas.
Ao calor invulgar daquele dia, nuvens escuras se haviam concentrado na atmosfera, prenunciando tempestade. Em poucos minutos, toda a abóbada celeste permanecia represada de sombras escuras. No entanto, naquele momento, Lívia notara que se havia rasgado um longo caminho entre o Céu e a Terra, por onde desciam ao Gólgota legiões de seres graciosos e alados. Concentrando-se, aos milhares, ao redor do madeiro, pareciam transformar a cruz do Mestre em fonte de claridades perenes e radiosas.
[...] via, agora, o Messias de Nazaré rodeado dos seus lúcidos mensageiros e das legiões poderosas de seus anjos. [...]
Clemente de Alexandria forneceu a indicação mais antiga sobre o ano da morte de Jesus. A crucificação teria ocorrido 42 anos e 3 meses retroativamente ao dia em que os romanos destruíram Jerusalém. Jesus, então, teria morrido no ano 28 d.C.
Paira controvérsia sobre a questão, havendo pesquisadores que defendem os anos 29:30-32 e 33 d.C.
LUCAS 3:1 situou o início da vida pública de Jesus no décimo quinto ano do império de Tibério César, que se tornou governante em 14 d.C. Somando-se quinze anos, tem-se o ano 29 do calendário cristão. Acrescidos os três anos de seu ministério, Jesus teria encerrado sua tarefa entre os homens em 32 d.C., com cerca de 37 anos.
O Espírito Emmanuel, todavia, categoricamente afirmou que a crucificação de Jesus se verificou na Páscoa do ano 33, e reforçou sua afirmativa dizendo que Pilatos caminhava para o sétimo ano de governo na Judeia. (XAVIER, 2013f, Pt. 1, cap. VIII, p. 104 e 112.)
20 N.E.: Deusa latina do destino e da boa sorte que possuía um famoso santuário em Palestrina, cidade da Itália no Lácio (província de Roma).
21 N.E.: Conforme a GÊNESIS 2:1-3, é o dia de descanso instituído por Deus, para ser observado por todos os homens. Tendo completado a obra da criação em seis dias, cessou de trabalhar no sétimo dia.
22 N.E.: A sigla 11QTemplo significa: O Rolo do Templo da décima primeira gruta de Hirbet Qumran.



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João 20:25

Disseram-lhe pois os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

jo 20:25
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Marcos 15:36

E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre, e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.

mc 15:36
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Lucas 23:38

E também por cima dele estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: Este É O Rei dos Judeus.

lc 23:38
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João 19:20

E muitos dos judeus leram este título; porque o lugar onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escrito em hebraico, grego e latim.

jo 19:20
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Mateus 27:34

Deram-lhe a beber vinho misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber.

mt 27:34
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Marcos 15:23

E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.

mc 15:23
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Mateus 27:37

E por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: Este É Jesus, O Rei dos Judeus.

mt 27:37
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João 19:19

E Pilatos escreveu também um título, e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.

jo 19:19
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Marcos 15:24

E, havendo-o crucificado, repartiram os seus vestidos, lançando sobre eles sortes, para saber o que cada um levaria.

mc 15:24
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João 19:23

Tendo pois os soldados crucificado a Jesus, tomaram os seus vestidos, e fizeram quatro partes para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda d?alto a baixo, não tinha costura.

jo 19:23
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Marcos 15:30

Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.

mc 15:30
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Marcos 15:31

E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros, e não pode salvar-se a si mesmo;

mc 15:31
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Lucas 23:39

E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.

lc 23:39
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Lucas 23:34

E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo os seus vestidos lançaram sortes.

lc 23:34
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Marcos 15:40

E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé;

mc 15:40
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Lucas 23:49

E todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galileia, estavam de longe vendo estas coisas.

lc 23:49
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João 19:26

Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

jo 19:26
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Lucas 2:35

(E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.

lc 2:35
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Mateus 27:45

E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.

mt 27:45
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João 19:28

Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

jo 19:28
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Lucas 23:36

E também os soldados, o escarneciam chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre,

lc 23:36
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João 19:30

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

jo 19:30
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Lucas 23:46

E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.

lc 23:46
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Deuteronômio 21:22

Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro,

dt 21:22
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Mateus 27:51

E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.

mt 27:51
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Amós 8:9

E sucederá que, naquele dia, diz o Senhor, farei que o sol se ponha ao meio-dia, e a terra se entenebreça em dia de luz.

am 8:9
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Marcos 15:33

E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.

mc 15:33
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Marcos 15:39

E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.

mc 15:39
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Lucas 23:47

E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.

lc 23:47
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Lucas 3:1

E NO ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da Judeia, e Herodes tetrarca da Galileia, e seu irmão Filipe tetrarca da Itureia, e da província de Traconites, e Lisâneas tetrarca da Abilínia.

lc 3:1
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Gênesis 2:1

ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados.

gn 2:1
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