A Vida Conta

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Capítulo IX

Nota de gratidão


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Alma fraterna e boa,

Reconheço que sou quase ninguém,

Mas agradeço em preces de alegria,

O amor com que me amparas, dia a dia,

Na seara do bem.


Dos giros de meu pobre itinerário,

Sempre retorno, acalentando o anseio

De atenuar o sofrimento alheio,

A buscar-te o concurso necessário.


Ao recolher-te a bênção de união,

Nas estradas de prova em que prossigo,

Ante o doce prazer de estar contigo,

Bem sei quanto te devo à elevação.


Agradeço as palavras de conforto

Que disseste comigo .ao doente sem nome,

Que tanta vez se esfalfa e se consome,

De ânimo fatigado e semimorto.


Deus te abençoe a luz de bondade e carinho

Com que me fortaleces a esperança

De não desamparares a criança

Abandonada às sombras do caminho.


Aquele apoio que nos deste

Em auxílio das mães, em desespero e luta,

É um hino de louvor que o Céu escuta,

A envolver-te de júbilo celeste.


O prato, a vestimenta, o agasalho,

Que entregaste aos irmãos em desabrigo,

Tudo o que dás aos outros em trabalho

Converte-se em socorro que bendigo.


Por tudo quanto fazes e não fiz,

Por toda a paz do teu afeto irmão,

Sempre fiel ao bem, sempre nobre e feliz,

Deus te guarde e ilumine o coração.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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