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Versão para cópiaDia dos pais
Casimiro era bom pai… E pai sempre é o companheiro Que trabalha todo dia Para cavar o dinheiro. Para que tanta moeda? Ouço a pergunta, assim rasa… Não respondo… Pai é sempre O grande esteio da casa. É a compra em supermercado, Levando o carro de mão, É a conta da leiteria, Da luz, do gás e do pão. É a despesa no colégio De quatro filhos pequenos, O preço da condução, Sempre mais, nunca de menos. É o pagamento ao dentista, É a grana da costureira, O preço das aulas-extras À criançada matreira. É a prestação em aumento Do pequenino lugar Que lhe conserva a família Na bênção do próprio lar. É a cobrança da farmácia Das encomendas do mês, O pobre, em sabendo quanto, Coça a cabeça outra vez… É a verba particular Que deve trazer em mão, Para os frequentes consertos Da velha televisão. É o cobre ao cabeleireiro, A conta do eletricista, As notas do verdureiro Com pagamentos à vista… Casimiro chega em casa, Cansado, suor na testa… Trabalhara no domingo Mas achou o lar em festa. Encontrou seus velhos pais, Entre vizinhos em bando, A esposa, o bolo mais rico E a meninada cantando… Sem graça, saudou a todos, E, ao encostar-se na mesa, O pobre via a festa, Meditava na despesa. Os quatro filhos cantavam: — “Todo pai tem seu dia, Viva o papai sempre amigo E viva a nossa alegria!… Viva o papai sempre amado E viva o nosso vovô!…” Mas a pensar em despesas, Casimiro desmaiou. .Jair Presente |
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