Antenas de Luz

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Capítulo XV
Ilustração tribal

Bem-aventurados os pobres de espírito


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“A humildade é uma virtude bem esquecida entre vós; os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco seguidos e todavia sem a humildade podeis ser caridosos para com vosso próximo? Oh! não, porque esse sentimento nivela os homens; diz-lhes que são irmãos, que devem se entreajudarem e os conduz ao bem. Sem a humildade vos adornais de virtudes que não tendes, como se trouxésseis um vestuário para esconder as deformidades de vosso corpo. Recordai aquele que nos salva; recordai sua humildade que o fez tão grande, e o colocou acima de todos os profetas.” (, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. VII, item 11).


Lutamos, nos debatemos e, ainda, suportamos aqueles que nos contestam, sem ao menos terem argumentos para tal.

A explicação que proponho para esse fato é a de que a maioria dos encarnados é pouco evoluída espiritualmente. Sendo assim, os Espíritos que se dispõem ao trabalho do bem comum, encontram poucos cooperadores conscientes. Com isso, o trabalho para o bem se torna muito mais difícil e nos reclama uma séria persistência.

Muitas das vezes, clamamos e desanimamos pelas forças que se esvaem, porém, algo superior nos empurra para a batalha e continuamos nossa escalada na Escola da Vida.

Confesso que, dentre as dezenas de cartas de meu Laurinho, nenhuma me emocionou tanto como esta de aniversário natalício. Está aqui a prova da humildade de um rapaz que comemorava os seus vinte e três anos de nascimento, numa chuva de lágrimas que espero, se transformem em bênçãos de Jesus, na Espiritualidade Maior.

Nessa carta, cita-se, humildemente, a cada linha, como pequenino trabalhador nas tarefas e nos merecimentos.

Deus permita que muitos o imitem, ao invés de usar o “Eu” da ostentação.

Notemos que o trabalho é o meio único de ação e, como diz ele, ainda batalha no seio do lar, vendo e sentindo a necessidade espiritual de cada um.

Continuemos nos encaminhando na prática do bem, sem ostentação e veremos o mérito surgir, de imediato, pela luz que, por misericórdia divina, emana de nossos entes queridos, em nosso socorro.

Dentro de toda nossa imperfeição, tentemos beneficiar com humildade e sem pensar na retribuição, para atingirmos o bem moral através do bem material.

Mães queridas, observem, amem e cultivem cada frase de seus filhos, pois, contidas nessas palavras, estão os reflexos do que Jesus nos legou.

Abracem o trabalho, pois, não existe melhor terapia para dissipar a dor e povoar o coração de paz.

A necessidade e a saudade do reencontro, com certeza virão e Deus nos unirá, pois, sabedor de nossa aceitação, nos entregará, pelo nosso amor ao próximo, o coração de nossos entes.

Belos dias virão, onde a evolução se fará e conquistaremos as virtudes, lutando para atingirmos, então, o degrau onde, felizes, estarão nos aguardando nossos entes queridos. E, enquanto isso não ocorre, ficaremos a imaginar como será o nosso reencontro.




Priscilla Pereira
Francisco Cândido Xavier

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