Antologia da Espiritualidade

Versão para cópia
Capítulo XI
Ilustração tribal

Ouve, coração


Temas Relacionados:

Perguntas, coração,

Como sanar as dores sem medida,

De que modo enxugar a lágrima incontida

Sob nuvens de fel e de pesar!…

Recordemos o chão…

Quando o lodo ameaça uma estrada indefesa,

Em cada canto roga a Natureza:

Trabalhar, trabalhar.


Fita o aguaceiro que se fez tormenta.

Ao granizo que estala, o vento insulta;

Seio de mágoas que se desoculta,

A terra, em torno, geme a desvairar…

Mas, finda a longa crise turbulenta,

Sobre teto quebrado, pedra e lama.

Renasce a paz do céu que vibra e chama:

Trabalhar, trabalhar.


Ressurge, inalterado, o sol risonho,

Não pergunta se o mal ganhou no mundo,

A tudo abraça em seu amor profundo,

A criar e a brilhar!

Recebe cada flor um novo sonho,

Cada tronco uma bênção, cada ninho

Canta para quem passa no caminho:

Trabalhar, trabalhar.


Assim também, nas horas de amargura,

Enquanto a sombra ruge ou desgoverna,

Pensa na glória da Bondade Eterna,

Acende a luz da prece tutelar!

E vencerás tristeza e desventura,

Obedecendo à voz de Deus na vida

Que te pede em silêncio, à alma ferida:

Trabalhar, trabalhar.




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1971 pelo IDE e encontra-se no 16º capítulo do livro “”



Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?