Antologia da Espiritualidade

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Capítulo XVIII

Gratidão pelos amigos


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Agradeço, meu Deus,

Em minha prece enternecida,

As almas boas que me deste à vida,

No campo da afeição!…

Agradeço os amigos que me emprestas,

Que me toleram falhas e defeitos,

E equilibram-me os passos imperfeitos,

Dando-me paz e luz ao coração.


Agradeço-te, oh! Pai,

A sensação confortadora e amena

Com que a palavra deles me asserena,

Em meus dias de dor…

E o silêncio que fazem para as lutas

De que preciso para burilar-me,

Enxugando-me o pranto sem alarme

Pela bênção do amor.


Agradeço o socorro que me trazem,

Mostrando desapego nobre e raro,

Para que eu seja apoio ao desamparo,

Esperança de alguém!…

E a caridade com que me estimulam

A ser trabalho, bênção, alegria,

Aprendendo a viver, dia por dia,

Nos domínios do bem.


Por toda a santa generosidade

Da estima doce e pura

De quantos me recebem sem censura,

Ternos amigos meus!…

Eis-me ao sol da oração,

Para dizer-te, oh! Pai do Infinito Universo,

Na singela pobreza do meu verso,

Obrigada, meu Deus!…




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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