Antologia da Espiritualidade

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Capítulo XXI

Oração no Templo Espírita


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Senhor!

Deixa que eu te agradeça novamente

As dádivas de amor

Que me fazes aqui…


Devo, Senhor, a Ti

A graça da atenção

E os nobres pensamentos

Dos amigos queridos que me escutam,

Ofertando-me o próprio coração

Nos ouvidos atentos.

É por eles, Jesus, na alavanca da estima,

Que aspiro a caminhar, montanha acima,

Sonhando a evolução,

Com, que te possa ver, em toda parte,

No anseio de encontrar-te!…


Agradeço-te, ainda,

De espírito contente,

Este recinto amigo, doce e claro,

Em cujo seio a dor de tanta gente

Encontra proteção, alívio, amparo…


Sobretudo, agradeço

Toda mão que te serve nesta casa

E toda voz que ensina

A celeste grandeza da doutrina

Em que a tua palavra descortina,

Ante os filhos da Terra,

O Reino do Amor Puro,

Por meta luminosa do futuro.


Agradeço-te, mais,

O teto generoso,

A luz que me ilumina,

O lápis que me atende,

O perfume de amor que se desprende

Da mesa que me acolhe,

O exemplo dos que sofrem

Sem qualquer rebeldia

E a fé dos que te buscam, dia a dia,

Doando aqui bondade e entendimento,

Apagando em teu nome

Toda marca de sombra ou sofrimento.


Por todos os tesouros que nos dás,

Neste pouso de paz

Que fulgura ao clarão da esperança bendita,

— Tesouros de alegria, vida e luz, —

Deixa que eu te repita:

— Obrigada, Jesus!…




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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