Antologia dos Imortais
Versão para cópiaJosé Guedes
Ah! meu filho, na concha de teu peito, Via-te o coração por céu vindouro, Encerravas contigo, meu tesouro, O futuro risonho, alto e perfeito. Entretanto, prendi-te a cruzes de ouro, Cujo peso carregas sem proveito, Abatido, cansado, insatisfeito, Arrojado a terrível sorvedouro… Recolheste, no encanto de meu jugo, O fascínio da posse por verdugo E a preguiça forjando horrendas pragas. Hoje, chamo-te em vão… Ouves apenas O dinheiro vazio que armazenas Na demência da usura em que te apagas!… |
As poesias de números ímpares foram recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier e as de números pares pelo médium Waldo Vieira. Dispomo-las assim, por sugestão dos Amigos Espirituais.
O poeta não se identificou nas reuniões a que compareceu.
Observe-se o efeito extraordinário desta próclise pronominal: “…que há muito se não goza!”
Quer o poeta dizer que o corpo espiritual ostenta os clichês de todos os seus atos praticados, inclusive os de existências anteriores a que, debalde, tenta o indivíduo fugir.
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