Antologia dos Imortais

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Capítulo XXXVII

Carvalho Aranha


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O homem demanda, embora surdo e lento,

A verdade que o busca, viva e certa;

Mas dorme na ilusão a que se oferta,

No garimpo interior do pensamento.


Iludido, cansado, desatento,

Crendo no acaso, um dia brilha e acerta…

Muda-se então a vida em luz aberta

Pela fulguração de um só momento.


O súbito clarão de uma faísca

Explode no horizonte azul e risca

O alto manto do céu em que se enflora…


Assim, a ideia nova em nossa mente:

Eclode num lampejo incandescente

E abre caminho pelo mundo afora…


Augusto Álvaro de CARVALHO ARANHA — Depois de estudar no Maranhão e em Pernambuco, veio C. Aranha a matricular-se na Faculdade de Direito de S . Paulo, bacharelando-se em 1901. Além de poeta distinto, foi promotor e juiz em algumas cidades do interior paulista. Colaborou em inúmeros órgãos da imprensa de Sergipe, Pernambuco, Rio e S. Paulo . Sócio do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo. Sobre ele assim se externou Armindo Guaraná, em seu , pág. 41: “Poeta primoroso e festejado da escola parnasiana, é também um espírito dotado de filantropia e um juiz culto e reto.” (Aracaju, Sergipe, 30 de Janeiro de 1876 — Rio de Janeiro, Gb, 30 de Março de 1928.)

BIBLIOGRAFIA: ; ; ; etc.



Leia-se in-te-rior, com sinérese.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier

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