Antologia dos Imortais

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Capítulo XL

Félix Pacheco


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Dos corações clamando agonia e desterro,

Desce o orvalho do pranto em fel da desventura…

A saudade a chorar dita a rota do enterro,

Mas o túmulo em si é breve noite escura…


A alma, divino sol no corpo — escrínio perro —,

Joia viva a brilhar além da sepultura,

Lucila a esmorecer, sob as tênebras do erro,

Ou cresce a refulgir, se ascende bela e pura.


Onde vá, todo ser caminha lado a lado

Da luz cantando sempre o amor profundo e ardente

Ou da sombra transfeita em pavoroso mito;


A deixar cada dia o crisol do passado,

Vai e vem, a sofrer, no esmeril do presente,

Para estampar-se, enfim, nos troféus do Infinito!


José FÉLIX Alves PACHECO — Jornalista emérito, exerceu a profissão, desde moço até a desencarnação, no , do Rio, folha de que chegou a ser diretor-proprietário. Foi ainda historiador, ensaísta, deputado federal, senador e Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Pertenceu a inúmeras associações e ocupou a cadeira n° 16 da Academia Brasileira de Letras: Poeta dos mais delicados, “figura, em primeiro plano, entre os maiores vultos que o Piauí legou ao Brasil” (, publicação do , pág. 5). (Teresina, Piauí, 2 de Agosto de 1879 — Rio de Janeiro, Gb, 6 de Dezembro de 1935.)

BIBLIOGRAFIA: ; ; ; ; etc.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier

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