Antologia dos Imortais
Versão para cópiaAdelaide Câmara
Escuta a voz do amor por onde fores, Guarda contigo as láureas da ventura, E esparze por mil gestos redentores A luz da paz à senda mais obscura. Contempla a Vida em bênçãos multicores No roteiro da anônima criatura, A flor, o orvalho, a brisa e os resplendores Do céu azul na fonte d’água pura… Descobre em tudo as dádivas celestes Sustendo docemente os passos, prestes A cair nos abismos da jornada. Fala, sorri, estuda, canta e ora, Mas entende a Jesus que espera e chora No triste olhar da infância abandonada! |
ADELAIDE Augusta CÂMARA (AURA CELESTE) — Poetisa, conferencista, contista e educadora, deixou belas páginas lítero-doutrinárias, em prosa e verso, subscrevendo-as geralmente com o pseudônimo de . Levada ao Espiritismo pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, trabalhou em diversas instituições espíritas do Rio de Janeiro, a elas dedicando o melhor de suas energias. Fundadora e diretora do Asilo Espírita “João Evangelista”, lar para crianças desprotegidas, onde realizou a tarefa máxima de educadora competente e extremosa. Entre as várias faculdades mediúnicas de que era dotada, sobressaíram a receitista e a psicofônica. Prefaciando-lhe o livro Vozes d’Alma, Leal de Souza chamou-lhe “a grande Musa moderna, a Musa espiritualista”. (Natal, Rio Grande do Norte, 11 de Janeiro de 1874 — Rio de Janeiro, Gb, 24 de Outubro de 1944.)
BIBLIOGRAFIA: , versos; , versos; , contos; , palestras; etc.
Obras de sua mediunidade: ; ; etc.
Observe-se a enumeração.
Note-se o gosto da poetisa para o uso do “enjambement”.
Leia-se com hiato: can/ta e/ o/ra.
(Psicografia de Waldo Vieira)
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