Antologia dos Imortais

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Capítulo XLIX

Adelaide Câmara


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Escuta a voz do amor por onde fores,

Guarda contigo as láureas da ventura,

E esparze por mil gestos redentores

A luz da paz à senda mais obscura.


Contempla a Vida em bênçãos multicores

No roteiro da anônima criatura,

A flor, o orvalho, a brisa e os resplendores

Do céu azul na fonte d’água pura…


Descobre em tudo as dádivas celestes

Sustendo docemente os passos, prestes

A cair nos abismos da jornada.


Fala, sorri, estuda, canta e ora,

Mas entende a Jesus que espera e chora

No triste olhar da infância abandonada!


ADELAIDE Augusta CÂMARA (AURA CELESTE) — Poetisa, conferencista, contista e educadora, deixou belas páginas lítero-doutrinárias, em prosa e verso, subscrevendo-as geralmente com o pseudônimo de . Levada ao Espiritismo pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, trabalhou em diversas instituições espíritas do Rio de Janeiro, a elas dedicando o melhor de suas energias. Fundadora e diretora do Asilo Espírita “João Evangelista”, lar para crianças desprotegidas, onde realizou a tarefa máxima de educadora competente e extremosa. Entre as várias faculdades mediúnicas de que era dotada, sobressaíram a receitista e a psicofônica. Prefaciando-lhe o livro Vozes d’Alma, Leal de Souza chamou-lhe “a grande Musa moderna, a Musa espiritualista”. (Natal, Rio Grande do Norte, 11 de Janeiro de 1874 — Rio de Janeiro, Gb, 24 de Outubro de 1944.)

BIBLIOGRAFIA: , versos; , versos; , contos; , palestras; etc.

Obras de sua mediunidade: ; ; etc.


Observe-se a enumeração.

Note-se o gosto da poetisa para o uso do “enjambement”.

Leia-se com hiato: can/ta e/ o/ra.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier


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