Apostilas da Vida

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Capítulo XIV

Despertamento


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Busquemos, sim, meus amigos, ouvir a palavra daqueles que nos antecederam na ascensão à Vida Superior, mas, antes disso, comuniquemo-nos com os “mortos da Terra”, adensando a assembleia de ouvintes, à frente da mensagem da vida imortal.

Acordemos, com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que adormeceram na jornada e guardam o coração rígido ou indiferente.

Levantemos aqueles que transformaram a existência em cemitério de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo,

os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo esterilizante;

os que converteram os bens do mundo em adornos frios e inúteis,

os que transformaram o jardim em que respiram num túmulo florido

e os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando o alheio infortúnio;

porque há mais morte no caminho humano que no próprio sepulcro, para onde vos dirigis, procurando a revelação da verdade.

Estendamos braços vivos e corações ardentes aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade suntuosa ou no altar efêmero de fantasiosas prerrogativas.

A Terra espera por nós. Trabalhemos, acordando os nossos irmãos do cotidiano, na renovação substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem, porque a própria natureza é luz triunfante e todos somos herdeiros da Vida Universal.




André Luiz
Francisco Cândido Xavier

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