Assembléia de Luz
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Simplifica
Clamas que o tempo está curto; Contudo, o tempo replica; “Não me gastes sem proveito, Simplifica, simplifica.” É muita conta a buscar-te… Armazém, loja, botica… Aprende a viver com pouco, Simplifica, simplifica. Incompreensões, chicotadas? Calúnia, miséria, trica? Não carregues fardo inútil, Simplifica, simplifica. Encontras no próprio lar Parente que fere e implica? Desculpa sem reclamar, Simplifica, simplifica. Se alguém te injuria em rosto, Se te espanca ou sacrifica, Olvida a loucura e segue… Simplifica, simplifica. Recebes dos mais amados Ofensa que não se explica? Esquece a lama da estrada; Simplifica, simplifica. Alegas duro cansaço, Queres casa imensa e rica; Foge disso enquanto é tempo, Simplifica, simplifica. Crês amparar a família Pelo vintém que se estica… Excesso cria ambição. Simplifica, simplifica. Dizes que o mundo é de pedra, Que as provas chegam em bica; Não deites limão nos olhos, Simplifica, simplifica. Recorres ao Mestre em pranto Na luta que te complica, E Jesus pede em silêncio: Simplifica, simplifica. |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 4ª lição da 3ª Parte do livro “”
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