Assembléia de Luz

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Capítulo XXVII

Senda de luz


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Carrega sem revolta a cruz que te aguilhoa

Às pedras e espinheiros da subida!…

Se aceitaste Jesus transfiguraste a vida,

E o suor no madeiro é a luz que te abençoa.


Olha ao redor da senda em que transitas

As criaturas vestidas de embaraços,

Largaram-se da cruz com os próprios braços

E te acenam, de longe, anônimas e aflitas.


Algumas, em te vendo os passos vacilantes,

Zombam de ti com impropérios e insultos,

Conservando, no entanto, os tormentos ocultos

Dos remorsos no fel de lágrimas constantes.


Ouves na retaguarda injúrias, desatinos…

E elevas-te aguentando a cruz pesada,

Demonstrando a humildade aos amigos adultos

E falando de amor aos pequeninos.


Mostras a fé robusta aos homens desatentos…

A viagem é longa, em longos trechos brutos.

Chegas, porém, ao topo, em passos diminutos,

A esquecer-te dos pés doridos e sangrentos…


Do topo para a frente é tudo primavera,

A natureza brilha. É e força de outra luz,

E buscas, Mais Além, o abraço de Jesus,

O Servidor Divino que te espera!…





Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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