Assuntos da Vida e da Morte
Versão para cópiaPrefácio de Emmanuel
Ousamos afirmar que a desencarnação tem dia certo, no tempo; no entanto, é justo comentar o problema na pauta da lógica: quando a pessoa humana recebe com paciência as dificuldades passageiras que precedem o fim do corpo de que se utilizou para o estágio, no mundo físico, encontrando a morte em ocorrências ou moléstias com as quais não contava, poder-se-á concluir, com razão, que o desenlace se verificou conforme as determinações das Leis Universais que, a rigor, sintetizam a Lei Divina.
Nesses casos, é razoável declarar que a desencarnação se verificou, em nome de Deus, no dia certo.
Não sucede o mesmo quando a morte se debita à conta dos desequilíbrios ou à imprudência dos homens que trocam a própria vida por atos conscientes e aventuras outras, abusando do seu próprio livre-arbítrio.
Compreendamos, pois, que desencarnação tem o dia certo, segundo a Lei Divina, e o dia exato, conforme o comportamento do homem.
Entendamos, assim, que a morte na Terra age em conexão com a Lei Divina ou com as diretrizes errôneas das criaturas quando se tornam irresponsáveis.
Eis porque considerarmos que a desencarnação se nos apresenta em aspecto bilateral: a cessação da vida no corpo de matéria densa de acordo com os Propósitos Divinos ou conforme os desajustes dos homens.
Dia certo para a morte, em nome de Deus ou dia certo para o desenlace, em nome das criaturas humanas.
É natural que venhamos a considerar que o homem em qualquer lugar responde por si próprio.
Que dizer do homem que fugiu da instituição em que lhe foi concedida a bênção do trabalho para não observar as consequências dos seus próprios deslizes dentro dela?
daquele que não quer enxergar as próprias dúvidas que ele mesmo criou?
da jovem que se entregou ao suicídio, alegando paixão por alguém, indiferente ao sofrimento dos pais desolados?
da mulher que parte para o Mais Além em vista da afeição possessiva com que estimaria prender o homem amado?
da pessoa que não se conforma com as circunstâncias da própria existência?
daquele que não aceita a provação que o envolve, em doenças consideradas contagiosas?
daquele outro que prefere a morte para não conviver com os parentes enfermos, junto dos quais foi chamado a viver?
do homem ou da mulher que se encharcam de alcoólicos, esquecendo o compromisso que assumiram
e daquele outro que prepara ciladas contra irmãos indefesos nos caminhos da vida?
Sem dúvida, a morte não será um ninho de rosas para aqueles que olvidam a própria responsabilidade.
Digne-se o caro leitor, lendo as páginas deste livro simples e despretensioso, que concordará conosco que, em toda parte, encontraremos as Leis 1mutáveis de Deus.
Uberaba, 12 de setembro de 1990.
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