Augusto Vive
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Meu chapa, a sua pedida é uma brasa. Você apela pra nós, os enturmados de Cá, fazendo uma consulta bomba. Esbanjar uma de foca do Além, já entendi na marra, mas botar banca de cupido, nunca esperei.
Diz você que já se argolou e carrega a sua dama a tiracolo, mas alega que vem sendo paquerado por uma belezoca a cochichar cousas em seus ouvidos.
Você informa que não está guentando as pontas, que a menina é daquelas pra ninguém marcar defeito, acrescentando que está preso por afinidades e outras desculpetas. E você nos escreve recordando um meninão, na praça, pedindo dicas.
Pois olhe. Creio que você procura ouvir alguém pra não escutar a si mesmo. Ainda assim lá vai fumaça em seu manja-tempo.
Se você quer pala firme, abra o pé, enquanto é hora. Largue esse colírio para os seus olhos, capaz de embaçar os seus pensamentos.
Que é isso, rapaz? E se a sua distinta resolvesse trocar você por algum garotão da boca de praia?
Pense nisso e se manque. Recorde aquela peça teatral intitulada: “Toda donzela tem um pai que é um fera” — porque você poderá faturar muito breforé com o futuro avô de seus filhos por nascer.
Pau amarelo pra cá, pau amarelo pra lá, balaço passa no meio e você talvez abotoe o paletó com notícia de já era.
Quem esquece compromissos tem bobeira na cuca. Orientação? Você é brasuca de sangue quente.
Paquerador paquerado na tropicália. Se deseja receber dicas de amigos, fique em sua paróquia, guente a marimba e seja qual seja o seu excesso de que fazer, tente rezar.
.: Para melhor compreensão de algumas expressões utilizadas pelo autor espiritual vide .
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