Auta de Souza

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Capítulo XXXVI

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Repara a terra pobre, humilde e boa,

Enlameada ao temporal violento…

A golpes rudes de granizo e vento,

Olvida em paz a injúria que a magoa.


Depois, a vida tece-lhe a coroa

De pétalas luzindo ao firmamento…

E, feliz ante o mundo desatento,

Mais se embeleza quanto mais perdoa.


Assim também, esquece o lodo e a ofensa.

Que a tormenta de trevas te não vença

A nobreza dos sonhos redentores!…


Seja o perdão o apoio a que te arrimes,

E desabrocharás em dons sublimes

Como a terra insultada ri-se, em flores.




(Psicografado em Uberaba, MG, em janeiro de 1967.)



Auta de Souza
Francisco Cândido Xavier

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