Auta de Souza

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Capítulo XLI

Caridade da luz

Santa — a moeda amiga ao tornar-se carinho

Em todo lar sem pão que a penúria flagela,

Enaltecida sempre — a roupa mais singela

Que protege a nudez ao vento e ao desalinho!…


Glorificado seja — o pouso que tutela

O enfermo relegado às pedras do caminho,

Preciosa — a afeição para quem vai sozinho,

Trancando-se na dor em que se desmantela!…


Nobreza em toda ação que represente amparo

Do auxílio de um vintém ao apoio mais raro,

Que a simpatia expresse e a bondade presida!…


Brilhe em tudo, porém, com mais força e grandeza

A palavra do Bem que apure a Natureza,

Iluminando o Amor e libertando a Vida!…




(“” — LAKE 1ª edição 30-1-1972.)



Auta de Souza
Francisco Cândido Xavier

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