Auta de Souza

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Capítulo XLV

Glória do bem


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A anônima semente pequenina

Atirada por mão piedosa e boa,

Parecia dormir no charco, à toa,

Sorvendo o sol aos beijos da neblina…


Depois cresceu, abrindo-se em coroa,

Árvore nobre a frondejar, divina,

Fruto a fazer-se pão que nutre e ensina,

Flor que perfuma, tronco que perdoa!…


Assim é o bem humilde que semeias

Pelo espinheiral das dores alheias

Que sombra, provação e angústia encerra…


Hoje, singela dádiva perdida,

Amanhã será luz, beleza e vida

Dulcificando as lágrimas da Terra.




(“CAMPANHA DE FRATERNIDADE AUTA DE SOUZA” pág. 91 — 1ª edição — Fevereiro de 1972.)



Auta de Souza
Francisco Cândido Xavier


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