Bastão de Arrimo
Versão para cópiaAtravés dos séculos
Inda chora o Senhor nas horas mudas Na cruz de vinte séculos ingratos, Contemplando a progênie de Pilatos E a descendência exótica de Judas. Examina os Herodes insensatos, Os novos Barrabás de mãos sanhudas E as multidões misérrimas, desnudas Que lhe cospem no ensino a pugilatos. Chora Jesus! Amargamente chora, E clama à sede imensa que o devora, Buscando gerações, enchendo espaços! Em toda a Terra, há lívidos incêndios… E entre as humilhações e os vilipêndios, Contempla o mundo que lhe foge aos braços. |
— Como prefácio deste livro apresentamos aqui um soneto mediúnico, ainda inédito, do eminente poeta paraibano Augusto dos Anjos, desencarnado em Leopoldina-MG., no ano de 1914. Relatou-nos o médium Chico Xavier que na noite do dia 30.03.1945 em Pedro Leopoldo, quando a 2ª Grande Guerra chegava ao fim, apresentaram-se à sua visão espiritual o Espírito do nosso William Machado Figueiredo acompanhado do poeta Augusto dos Anjos, que na oportunidade lhe ditou o soneto “Através dos séculos”, aqui transcrito. Aproveitamos a oportunidade para manifestarmos aqui a nossa homenagem pelo transcurso do centenário de nascimento de Augusto dos Anjos (1884/1984). [Obs. Este soneto consta do livro .]
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