Bazar da Vida

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Capítulo XVI

O presente


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Já se fizera mania

Em Joaquim Serapião…

Vivia rogando auxílio

Em toda reunião.


Na sessão de voz direta,

Usando calma sem fim,

A entidade na cabine

Reconfortava Joaquim.


O irmão Quintino Elentério,

Ali materializado,

Estava sempre disposto

Para incessante recado.


A declarar-se doente,

Embora a mostrar-se forte,

O moço pedia amparo,

Guardando o medo da morte.


Queixava-se de bronquite,

De tosse e inchaço na goela,

De desânimo e tontura,

Batedeira e erisipela…


Em cada reunião,

Lá se encontrava Joaquim,

Acabrunhado e choroso,

Dizendo-se assim, assim…


Passados mais de oito anos,

Depois de curta oração,

O irmão Quintino Elentério,

Avisou ao pedinchão:


— “Joaquim, agora é que eu trouxe,

Com minha grande alegria,

O seu remédio seguro,

Para uso, dia a dia.


“Deixarei nesta cabine

O meu singelo presente,

Não quero vê-lo abatido,

Nem cansado, nem doente…”


Finda a sessão, eis que surge

A cabine iluminada…

Joaquim correu ao remédio

E achou uma linda enxada.




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier

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