Bezerra, Chico e Você
Versão para cópiaAtendamos ao Senhor
Esqueçamos, de algum modo, as questões individuais que nos afligem a estrada para considerar, no curso de alguns instantes apenas, a nova situação que se nos descortina à frente dos olhos.
Todos nos agregamos, no clima da prece, buscando a solução de nossos problemas. Problemas que se expressam por dificuldades, empeços, renovações e desafios sem conta.
Anotemos, porém, a necessidade de maior observação do panorama em que evoluímos.
No transcurso de apenas alguns anos, toda a paisagem do campo espírita-cristão se nos alterou, fundamentalmente.
Alargaram-se-nos as áreas de serviço em todas as direções;
avolumaram-se as filas de companheiros sedentos de paz e luz que nos requisitam cooperação e socorro;
aumentaram-se-nos de maneira surpreendente os monumentos destinados à caridade, a se nos definirem nas instituições socorristas;
ampliaram-se-nos os instrumentos de serviço e com eles, agigantaram-se-nos as possibilidades para o engajamento de novos trabalhadores;
dilataram-se-nos os recursos de ação em todos os sentidos, convocando-nos a esforço máximo, a fim de que não haja desequilíbrio entre as dádivas do Alto e a justa aplicação delas próprias, em benefício da construção doutrinária;
renovaram-se-nos no mundo os títulos de confiança, diante da Nova Revelação que nos mostra Jesus em sua simplicidade e grandeza;
elevaram-se-nos os cabedais de colaboração procedentes de todos os setores da humana experiência, prontos a responder-nos a quaisquer apelos de concurso fraternal, com os braços generosos e abertos;
multiplicaram-se-nos os canais de comunicação, dando-nos acesso a realizações mais completas no tocante à divulgação de nossos princípios;
ampliaram-se-nos os horizontes à esperança com a expectativa da Terra sequiosa diante da verdade e da paz, de que o Espiritismo se faz mensageiro;
descerraram-se-nos mais dilatadas faixas de colaboração, nas obras culturais e assistenciais, à frente da Humanidade.
Em síntese, todos os talentos da Bondade do Senhor se nos acumulam agora nas mãos, em torrentes de oportunidade e trabalho, recursos diversos e potencialidades virtuais…
Agora, meus filhos, indaguemos de nós mesmos: que será da tarefa em nossos braços se também, de nós mesmos, não aumentarmos a quota de paciência e de amor, uns à frente dos outros, na Obra do Cristo?
Reflitamos nisso, suprimamos nossas divergências, esqueçamos conflitos pessoais, procuremos extinguir os pontos de incompreensão e discórdia, porventura existentes nas oficinas de elevação espiritual a que nos encontremos vinculados e trabalhemos na Seara do Bem, confiando-nos realmente ao Cristo de Deus cujos interesses repousam em nossas mãos.
De mensagem recebida em 27.09.1969.
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