Bezerra, Chico e Você

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Capítulo LI

Persevera


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Perseveremos no bem, sobretudo.

A estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente…

Perseveremos servindo para transpô-la.


O ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem…

Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.


Ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar…

Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.


As lutas e desafios se nos avolumam na marcha…

Perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranquilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.


Discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças…

Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos, atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.


Filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão…

No entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.


Perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir…

Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo…

Perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.



De mensagem recebida em 18.11.1972.



Bezerra
Francisco Cândido Xavier

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