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Capítulo XXI

Coragem da fé


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Muitos companheiros na Terra evidenciam coragem nas horas de heroísmo.

O homem que enfrentou um animal selvagem, colocando-lhe um freio.

Outro que conquistou o campeonato de mergulho em águas perigosas.

Outro ainda que adquiriu o maior destaque na longa corrida de pedestres.

Todos eles, pelo devotamento à disciplina, são dignos de respeito.


Um tipo diferente de coragem, porém, se espera dos seguidores do Cristo: a coragem da fé.

Aquela de se calar alguém para que outrem fale mais alto;

de sofrer injúrias e humilhações, sem deteriorar a imagem dos próprios adversários e agressores;

de acreditar no bem, mesmo quando a ignorância e a maldade parecem em triunfo;

de aceitar a rotina dos encargos de cada dia, nela encontrando a alegria do trabalho, sem aplauso público,

e a coragem de esquecer-se para que outros recolham as vantagens do serviço que lhe haverá custado imenso esforço.


O heroísmo é, talvez, mais fácil pelo deslumbramento de uma hora, à frente dos homens.

Entretanto, a coragem da fé será sempre mais difícil, porque exige humildade e renúncia, tolerância e dedicação ao bem do próximo, no desdobramento incessante do dia a dia.




O manuscrito dessa mensagem encontra-se sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico. : Existem dois manuscritos redigidos com a caligrafia do Chico, de autoria de Emmanuel, que guardam muita semelhança entre si, não obstante haver diferenças entre eles, mas ambos são documentos originais: e .



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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