Caminhos do Amor, Os

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Capítulo XI

Ato de gratidão


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A minha gratidão franca e profunda

É tudo o que te oferto, alma querida,

No doce regozijo que me inunda,

Por todo o amparo que me deste à vida.


Notaste a provação em meus caminhos

E estendeste-me as mãos ternas e generosas,

Como quem faz do chavascal de espinhos

Um tapete de rosas.


Nada olvidaste para o meu alento…

Seguindo a minha dor de cada dia,

Trouxeste, com grandeza, à penúria que enfrento,

Proteção e agasalho, assistência e alegria.


Enxugaste-me o pranto da tristeza,

Em tua própria fé que me avigora,

Recordando em minh’alma a luz acesa,

Quando a sombra se esvai ao contato da aurora.


Fizeste mais… Quiseste, junto a mim,

O júbilo constante em presença dourada,

Com carícias de fonte e encantos de jardim

Para quem me partilhe as fadigas da estrada.


A fim de renovar me o pensamento imerso

No turbilhão de fel que tanta vez me alcança,

Falaste-me de amor, ante as Leis do Universo,

Elevando-me o ser às bênçãos da esperança.


Por tudo te agradeço, alma formosa e amiga,

Nos empeços e pedras que transponho,

Encontro em ti o apoio que me abriga,

A bondade em resposta às ânsias de meu sonho…


Mas acima de tudo, a ti me entrego,

Na extrema gratidão, por onde vou,

Porque entendes as lutas que carrego

E aceitaste-me a vida como eu sou.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

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