Caridade - o Alimento do Corpo e da Alma

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Capítulo VII

Nosso irmão


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Se alguém te fala na rua,

Deitando lamentação,

Não passes despercebido,

Escuta, que é nosso irmão.


Ouviste o parente em casa,

Gritando em voz de trovão,

Não te aborreças por isso,

Tolera, que é nosso irmão.


Transformou-se o companheiro…

Agora, rixa, brigão.

Não te afastes, nem censures,

Suporta, que é nosso irmão.


O amigo a quem mais estimas

Ofendeu-te sem razão…

Não te dês ao derrotismo;

Perdoa, que é nosso irmão.


Padece e chora o vizinho

Problemas em profusão.

Não te demores no auxílio;

Coopera, que é nosso irmão.


Enxergaste o pequenino,

Sem roupa, sem lar, sem pão.

Não permaneças de longe,

Acolhe, que é nosso irmão.


Viste o doente sozinho

No braseiro da aflição;

Não percas tempo em conversa,

Socorre, que é nosso irmão.


Tiveste do adversário

Pedradas de ingratidão…

Calando, segue servindo;

Desculpa, que é nosso irmão.


A quem te peça um favor,

Embora dizendo “não”,

Sem grito e sem aspereza,

Atende, que é nosso irmão.


Diante de todo aquele

Que sofre na provação,

O Cristo pede em silêncio:

— “Ampara, que é nosso irmão”




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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