Cartas do Alto

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Capítulo XIII

Façamos a luz


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Não olvides quem vai gemendo em rumo incerto,
Na cruz da expiação que chora e desatina,
Varando o turbilhão de miséria e neblina
Entre o vento da noite e a sede do deserto.


Medita e traze à dor o coração desperto
No pão que reconforta e no verbo que ensina.
Desdobra sobre o mal a bondade divina.
Semeia, enquanto é hoje, o amanhã que vem perto.


Embora desditoso, humilhado e sozinho,
Segue plantando o amor nas margens do caminho,
Sustentando contigo a fé sublime e forte.


Ampara, alenta, ajuda, esclarece e levanta,
Que o bem, seja onde for, é a luz piedosa e santa,
Que clareia na Terra e brilha além da morte.




Reformador — Fevereiro de 1956.


Segundo consta do original, o soneto foi recebido durante reunião comemorativa do aniversário do Centro Espírita Luz e Humildade, de Belo Horizonte, Minas Gerais, na noite de 24/09/1955. Também publicado na edição de outubro de 1978.



Amaral Ornellas
Francisco Cândido Xavier

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