Cartas do Coração

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Capítulo XXVII

Jubilosamente


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Glória à carne-prisão que nos tortura!

Hosanas à aflição que fere e oprime…

Nasce da carne-dor a luz sublime

Da paz que brilha além da noite escura.


Exaltemos a chaga que depura

O erro, a imperfeição, a sombra e o crime.

Honra à flagelação que nos redime

Nos vales de ilusão e desventura…


Hoje, Senhor, chorando de alegria,

Recordo a solidão amarga e fria

No júbilo celeste que me invade!…


E agradeço-te a carne em lepra triste,

Manto de treva e sol com que me abriste

Os castelos de amor da Eternidade.




Jesus Gonçalves
Francisco Cândido Xavier

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