Na Seara do Mestre
Versão para cópiaO fim da guerra
(MATEUS
Pai nosso que estás nos céus. . . Assim começa o Mestre a oração que ensinou aos seus discípulos.
Toda a cristandade sabe disso. As múltiplas igrejas repetem assiduamente a frase em apreço. Nas ricas catedrais, no templo humilde, na capela rural e no seio dos lares, aquela sentença constitui o estribilho recitado em todos os tons, oportunidades e emergências. Nos dias festivos como nos dias calamitosos de angústia e de aflição, baila nos lábios dos grandes e dos pequenos, dos velhos e dos moços o surrado e eterno refrão.
Parece, mesmo, que, à força de repeti-lo mecanicamente, despojaram-no de todo o seu espírito e de toda a sua vida. Pois, é precisamente esse espírito e essa vida que o Espiritismo vem ressuscitar nesta época tumultuosa e sombria por que passa o nosso orbe de provas e expiações.
A ideia de Deus, vista através do prisma de Pai, é, sem dúvida, a mais bela e a mais sábia das revelações que Jesus trouxe à Humanidade. Pai é previdência e providência, porque prevê e provê as necessidades dos filhos antes mesmo que estes tenham noção e consciência da própria existência. A paternal previsão divina precede de muito ao célebre — Cogito, ergo sum [Penso, logo existo].
Deus tudo dispôs e tudo preparou, desde toda a eternidade, no sentido de proporcionar aos seus filhos os meios de evolverem sem solução de continuidade, conquistando estágios sempre mais avançados, onde a Vida se desdobra em perspectivas mais complexas, sob esplendores mais fúlgidos e excelentes.
Assim sendo, dirão, talvez, por que existe a dor? A dor, debaixo das suas múltiplas modalidades, é, em síntese, a consequência do homem não haver ainda sentido a realidade da sentença que vem recitando maquinalmente: Pai nosso que estás nos céus!
Quando palpitar em seu coração o espírito daquelas palavras, outro será, por certo, o senso da sua vida, outro o seu programa, outro, finalmente, o móvel de suas atividades e de suas ações.
Ao influxo prodigioso do — Pai nosso que estás nos céus — cairão as barreiras que separam os homens. As cores das bandeiras que dividem os povos e as nações fundir-se-ão todas no branco e augusto pavilhão da paz, símbolo da alva túnica do Mestre, que era inconsútil, tecida de alto a baixo numa só peça.
A Humanidade, confraternizada dentro de um mundo só, caminhará a passos firmes na solução de todos os problemas sociais que até aqui a têm convulsionado tanto, sem jamais serem resolvidos.
Não haverá mais fome, porque já não se destruirão nem se procurará restringir as fartas messes que a terra generosa e boa faculta aos que a regam com o suor do rosto, na santidade do trabalho. O pão e o vestuário, como todas as demais utilidades da vida, circularão livremente, libertos das nefastas bastilhas aduaneiras, suprindo os mercados em fraternal permuta.
Atender-se-á, destarte, às necessidades de cada povo, porque os homens, reconhecendo a paternidade de Deus, sentirão que são irmãos. As possibilidades de aprender e progredir, de melhorar as condições intelectuais e morais estarão ao alcance de todos, sem distinção de posição social, de fortuna ou de classes, pois estas terão, a seu turno, desaparecido, mediante a organização da sociedade numa só e única família, onde serão todos por um e um por todos.
Somente nesse dia cessarão para sempre as lutas fratricidas, e não haverá mais guerra!
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Mateus 6:9
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
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