Cartilha da Natureza

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Capítulo I

A fazenda


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O dia vem longe ainda,

Fulgura o brilho estelar…

Mas nos campos da fazenda

É hora de trabalhar.


O dever chama aos serviços

Da luta risonha e sã,

Na divina voz das aves

Que cantam pela manhã.


A tarefa atinge a todos

Nos roçados, no paiol,

Tudo expressa movimento

Precedendo a luz do sol.


Ali, corta-se, acolá

Dispõe-se de novo a leira,

Aqui, combate-se os vermes

Que atacam a sementeira.


Ninguém para. Todos lutam.

Há cantares da moenda,

Contando a história do açúcar

Nos caminhos da fazenda.


Entretanto, se o programa

É repouso, calma e sono,

Em breve, a propriedade

Vive em trevas do abandono.


Serpentes invadem campos,

Há cipó destruidor,

O mato chega às janelas,

Procurando o lavrador.


Enquanto a enxada descansa

Esquecida e enferrujada,

A casa desprotegida

Prossegue na derrocada.


Quem não vê na experiência

Tão simples, tão conhecida,

A zona particular

Nos quadros da própria vida?


Rico ou pobre, fraco ou forte,

Não te entregues à inação,

Que a vida é a fazenda augusta

Guardada na tua mão.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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