Cartilha da Natureza

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Capítulo XXXI

A muda


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Quem penetre no jardim,

Quando em plena floração,

Não pode dissimular

Sincera admiração.


Açucenas desabrocham

Desdobrando-se em beleza,

Mostrando a maternidade

Das forças da Natureza..


Além do jardim florido,

Quem se dirija ao pomar,

Experimenta emoção

Que não pode disfarçar.


As árvores generosas,

Sob auréolas de verdura,

Servem pomos de bondade

Às mesas da criatura.


Flores ricas, frutos nobres,

Na abundância indefinível,

Demonstram a Providência

Na bondade inexaurível.


Observe-se, porém,

Como quem cumpre o dever,

Que o nosso primeiro impulso

Vem da ideia de colher.


As flores são decepadas,

Esmaga-se o fruto a esmo,

Em tudo o egoísmo extremo,

Dando conta de si mesmo.


São raros os previdentes

Que guardam consigo a muda,

Por plantá-la com desvelo

Na terra que sempre ajuda.


Em nossa vida, igualmente,

Se vamos à luz dos bons,

Refletimos tão somente

Na colheita de seus dons.


Não basta, porém, ganhar,

Por deixarmos de ser pobre:

Plantemos em nossa vida

A muda do exemplo nobre.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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