Cartilha da Natureza

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Capítulo LXXIII

A capina


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Nos serviços de defesa

Da semente que germina,

Não se pode descuidar

Dos trabalhos da capina.


Em torno à planta que nasce

No escuro lençol do chão,

Surgem ervas venenosas

Tentando a sufocação.


Crescem fortes, espontâneas,

Nocivas e desiguais,

Formando comprida esteira

De grosseiros ervaçais.


Alastram-se em toda parte…

São verdura traiçoeira

E, se vivem confortadas,

Dominam a roça inteira.


Que o lavrador cuidadoso

Jamais se esquive à atenção,

Trazendo-lhe, decidido,

A justa eliminação.


Ainda que mostrem flores

Entre os ramos de alegria,

Que todas sejam tratadas

À lâminas de energia.


Enquanto o grão não se forme

Para a colheita madura,

Capine a enxada ao redor,

Tão atenta, quão segura.


De outro modo, o mato inútil,

Vadio, cruel, sem nome,

Rouba grelos promissores,

Deixando ruína e fome.


Assim no mundo, igualmente,

Quem deseje o nobre dom,

Destrua dentro em si mesmo

Todo impulso menos bom.


Cultiva diariamente

A vida elevada e sã:

Não te esqueças da capina,

Se queres fruto amanhã.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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