Cartilha da Natureza

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Capítulo LXXXIV

O banho


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Dos preceitos da higiene,

Fonte clara do vigor,

Destaca-se, em qualquer tempo,

O banho confortador.


Depois de viagem longa,

Findo o esforço, cada dia,

Renovam-se, ao banho calmo,

A paz, a força, a alegria.


A própria vida aconselha,

Por vibrar, forte e louçã,

O contato da água pura,

Ao começar da manhã.


No trato vulgar do mundo,

A frente da Humanidade,

O corpo mais nobre e belo

Não se esquiva à sujidade.


Mais além há fumo e lama;

Mais aquém, há lixo e poeira;

Todo o corpo participa

Do suor e da canseira.


As células esgotadas,

Em ânsias de dor e morte,

Requerem alguma coisa

Que as ajude e reconforte.


Eis que surge o banho amigo,

Com recursos sempre iguais,

A água cariciosa

Tem carinhos maternais.


Depois dele o alívio santo,

A bênção ditosa e pura,

A paz regeneradora

Ao corpo da criatura.


Assim também, nossas almas,

Em serviços contra o mal,

Nunca podem prescindir

Do banho espiritual.


Luta a luta, dia a dia,

Levemos o coração

As águas do Pensamento

Para o banho na Oração.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

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