Cartilha da Natureza
Versão para cópiaO pão
Em casa, chega o momento Destinado à refeição… Raro aquele que recorda A história de luz do pão. Quase sempre, vem de longe, Das zonas do campo em flor, Oferecer-se à criatura Em nome do Pai de Amor. Foi semente sepultada Na terra ferida e escura, Ressuscitando em seguida Nas belezas da verdura. Suportou lutas amargas, Noites ásperas, sombrias, Recebendo chuva e sol, Tempestades, ventanias. Adornou-se em primavera, Risonha, sublime, eleita, E entregou-se alegremente Ao segador na colheita. Padeceu processos vários, Viveu peregrinações, Desde a ceifa rude e longa, Ao prato das refeições. Conforme reconhecemos, Esse pão, quase sem nome, É dádiva do Criador Que vem mitigar a fome. Mensageiro humilde e santo De carinho e de bondade, É o laço entre a Providência E a nossa necessidade. O amor e a abnegação Resumem-lhe a bela história; O espírito de serviço É a vida de sua glória. Coração que sofre amando Na fé sublime e sem jaça, Vai ser pão na Mesa Augusta Dos Bens da Divina Graça. |
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