Cartilha da Natureza
Versão para cópiaA usina
Ao lado da queda d’água, Se existe o rumor da usina, É justo considerar. A lição que o quadro ensina. Da corrente que despenha, Aumentando atividade, Parte o fluido vigoroso Que vibra eletricidade. Transforma-se a cachoeira Em gerador de energia, Que a usina prestigiosa Traduz com sabedoria. A primeira exprime força Suscetível de criar, A segunda é o vaso amigo Que procura aproveitar. Uma dá, outra recebe Com bondade e diligência; Semelham-se a ordem calma Ao lado da obediência. Desse acordo delicado Nasce o gérmen do processo, Em que se organiza o bem Do conforto e do progresso. Desde então, vencida a sombra, Há luzes pelos espaços, Alimento à grande indústria, Serviço a milhões de braços. Por servir e obedecer, Bondosa, confortadora, Vem a usina a converter-se Na sublime benfeitora. O quadro revela aos olhos, Em nobres clarões sem véus, A cachoeira incessante, Desgraças que vêm dos céus. Quando houver em cada homem A obediência da usina, Toda a Terra brilhará No trono da Luz Divina. |
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