Descerrando a porta de nossa tarefa espírita, à frente do mundo, rogamos-te nos assista para que a nossa caridade não seja exibição de virtude;

Para que nossa justiça não seja maldade;

Para que nossa fé não seja fanatismo;

Para que nossa dedicação não seja interesse;

Para que nossa sinceridade não seja arrogância;

Para que nossa alegria não seja ruído inútil;

Para que nossa coragem não seja temeridade;

Para que nossa franqueza não seja violência;

Para que nossa palavra não seja verbo vazio e;

Para que nosso tempo não seja recurso guardado em vão…

Auxilia-nos, Mestre, a encontrar-te em nosso próximo torturado ou envilecido e ajuda-nos a compreender que os irmãos no espinheiro da dor ou na sombra do erro são, em todos os lugares da Terra, a sagrada herança de tua misericórdia, para que possamos, em Te buscando, na presença deles, resgatar o nosso passado delituoso e converter o presente em degrau de ascensão para o grande futuro.

Faze-nos, pois, entender na Tua manjedoura a diretriz da simplicidade para a nossa existência e em Tua cruz a norma de renunciarão pessoal para o bem de todos, na conquista da vida eterna!…

E ensinando-nos a estar contigo como está conosco, abençoa-nos a esperança de servir-Te, hoje e sempre.

Assim seja.

Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, no “Centro Espírita Luz de Joana D’Arc”, por ocasião de sua inauguração, em reunião pública da noite de 25 de dezembro de 1959 em Monte Carmelo — Minas Gerais.