Chico no Monte Carmelo

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Capítulo IV

Apelo fraternal

Quanto possas, assim, ainda que seja por algumas horas de um dia em cada sete, na equipe dos irmãos de ideal ou simplesmente sozinho; atende ao culto semanal da caridade como dever.

Faze-o, porém, com amor e humildade, porque somente através da humildade e do amor o teu gesto de fraternidade e carinho não se transformará em fel da vaidade constrangedora.

É imprescindível sejamos entendidos no ato de auxiliar, para que não tenhamos em troca a desconfiança e a amargura daqueles que nos esperam ternura e cooperação.

Há companheiros em lutas expiatórias tão complexas que não dispensam o apoio incessante, enquanto atravessam as faixas da vida física.

Lembra-te, no entanto, do pão e da luz, com que Deus te socorre, todos os dias, e ajuda sempre.

O olvido temporário da carne, enquanto é hoje, não te deixa perceber a medida dos próprios débitos.

Se agora é o teu momento de dar, amanhã pode surgir a tua hora de receber.

Não te faças representar por outrem, ao lado de quem padece. Dinheiro e autoridade convencional, respeitáveis embora, não compram na vida os talentos do coração.

Doarás alimento e remédio, reconforto e carinho aos que jazem nas algemas da angústia, mas, em troca, todos eles dar-te-ão coragem e esperança, fortaleza e consolo, valorizando-te, no corpo terrestre, a responsabilidade de agir e viver.

Deixarás a tenda dos tristes, diminuindo a própria tristeza, deixarás os cegos, louvando os próprios olhos, contemplarás o paralítico, sentindo a graça do movimento, e despedir-te-ás dos enfermos e dos loucos, dos fracos e infelizes, agradecendo ao Senhor a ventura de poder ajudar.

Não esperes, desse modo, pelo concurso dos outros para sustentar a fonte do bem.

Concedeu-te Jesus no Espiritismo que te abençoa a porta de trabalho e esperança para o acesso à Vida Maior.

Ora e estuda, aprende e ensina a verdade, mas não olvides a leitura do amor no livro das almas.

Observe as leis da Vida, entendendo e ajudando os corações que te cercam, para que te não emaranhes na sombra, ante o esplendor do Grande Caminho… E, confiando-te à solidariedade como simples dever, perceberás, junto de cada aflição, a presença do Cristo, o Divino Benfeitor, que resumiu o seu Evangelho de Luz, no mandamento inesquecível: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 13:34)




Mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier, em reunião pública da noite de 23 de julho de 1956 no “Centro Espírita Humildade Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.


Essa lição foi publicada em 1994 pela editora GEEM e é a 4ª do livro “” e só posteriormente em 2002, com 40 anos de atraso, veio a lume no presente livro, editado pela UEM.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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João 13:34

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros: como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

jo 13:34
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