Coletânea do Além [Feesp]

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Capítulo XXIX

Da sabedoria popular


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Evita o excesso de adorno.

De ovelha muito louçã

Toda gente se aproxima

E todos desejam lã.


Quando ouvires descrições

De dinheiro e santidade,

Escreve as anotações

Na metade da metade.


Deus te guarde de boi manso

Que até hoje vive em paz,

Que do touro bruto e bravo

Tu mesmo te guardarás.


Procura falar no fim.

Espera… Ao cair dos muros

Aparecem, muitas vezes,

Serpentes, pedras, monturos.


Quem, na casa paternal,

Nunca sofre, nem atura,

Em chegando ao mundo vasto

Espere por desventura.


Não peças à Providência

Muito almoço, muita ceia,

Que de carne farta e gorda

A sepultura está cheia.


De nada valem bons verbos

E códigos de bom-tom,

Se viveres falando a esmo

Sem praticar o que é bom.


No serviço edificante

Seja onde for, sê bem-vindo!

Recorda que enquanto dormes

Teu trabalho está dormindo.


Não te dês à bajulice.

O mais infeliz cortesão

Perde a paz da vida livre

E acaba na escravidão.


Se resistires à verdade,

Sarcástico, altivo e forte,

Serás por ela esperado

No campo de dor da morte.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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