Nas Pegadas do Mestre
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No homem verificam-se duas entidades: a personalidade e a individualidade.
Aquela passa, esta permanece. A primeira é mortal, morre e renasce muitas vezes. A segunda é imortal, indestrutível, eterna.
Quase sempre o interesse da personalidade se acha em conflito com o interesse da individualidade. Esta deve predominar sobre aquela, no entanto, é o contrário que comumente se dá. Deus organizou a personalidade como instrumento da individualidade;
mas o homem, desconhecendo-o, tenta contrariar a sabedoria do programa divino, sacrificando a evolução da individualidade.
A individualidade é filha de Deus, a personalidade é filha do homem. Uma é sombra, outra é luz. Uma natureza é humana, outra é divina. Acham-se temporariamente entrelaçadas, até que o espírito triunfe da carne.
Muitas vezes é preciso humilhar a personalidade para exalçar a individualidade.
"Aquele que se humilha será exaltado. " O mundo ilude o homem frequentemente neste particular, de modo que, na defesa de pseudo-direitos, na submissão às vaidades do século, ele sacrifica o maior ao menor, o superior ao inferior.
O homem, enquanto se deixa conduzir pela personalidade, infirma sua individualidade, não tem aquele traço indelével que o deve distinguir e se denomina caráter.
O caráter é a manifestação do poder da individualidade sobre a personalidade;
sobrepondo-se aos desejos e às cobiças, que são preconceitos e vícios da personalidade, o caráter forma-se e consolida-se. Daí o dizer de um grande educador: A vontade é a força principal do caráter; é, numa palavra, o próprio homem.
Conclusão: enquanto a individualidade não domina a personalidade, o homem não é Homem: é uma sombra que passa.
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Mateus 23:12
E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
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