Nas Pegadas do Mestre
Versão para cópiaO Filho de Deus
Porque se dizia Jesus, ora Filho do homem, ora Filho de Deus? Se ele era filho do homem, como podia ser filho de Deus? E se era filho de Deus, como podia ser filho do homem?
Há sabedoria nesta expressão do Senhor, como, aliás, em todas as palavras que proferiu.
Ele era filho do homem porque a Criação é uma só, obedece à mesma ordem, à mesma lei com relação a todos os seres criados. Não há privilégios, não há distinção: unidade de programa, unidade de gênese, unidade de destino; Jesus, portanto, em tal sentido, é o Filho do homem; e é o Filho de Deus porque desde que o Pai o sagrou como diretor espiritual deste orbe, a cuja fundação presidiu, nela colaborando, de há muito havia ele conquistado o reino dos Céus; de há muito se achava integralizado na vida eterna, na imortalidade. Daí o seu dizer: "Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. "
Jesus não é Deus, como pretendem os credos dogmáticos, nem tão-pouco é homem, no sentido vulgar, como querem as vãs filosofias negativistas. Entre o homem e Deus medeia um abismo, onde a vida palpita em seus mais belos esplendores. Se aquém da humanidade pululam os seres inferiores, debaixo de formas incontáveis, além da humanidade ostentam-se os seres superiores sob infinitos aspectos. Aquém e além da Terra verifica-se o mesmo fenômeno: a vida em seu movimento ascensional e triunfante.
Os extremos da simbólica escada de Jacob, por onde desciam e subiam anjos, perdem-se, dum lado no infinitamente pequeno, doutro lado no infinitamente grande.
O microcosmo e o macrocosmo revelam Deus.
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João 12:24
Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.
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