Correio Fraterno
Versão para cópiaOutra vez
Desculpaste, edificando, Mas, se a treva e a insensatez Voltam de novo a ferir-te, Perdoa e ajuda outra vez. Ouviste em prece os agravos À doutrina em que mais crês; No entanto, se há mais ofensa, Perdoa e ajuda outra vez. Esqueceste duras golpes Da injúria e da rispidez… Todavia, se ressurgem, Perdoa e ajuda outra vez. Viste mãos das mais queridas, No sonho que se desfez; Contudo, segue adiante… Perdoa e ajuda outra vez. Ao lamaçal da calúnia Em dia algum não te dês. Bendizendo os detratores, Perdoa e ajuda outra vez. Se teus pedidos mais justos Somente encontram surdez, Esperando sem revolta, Perdoa e ajuda outra vez. Recolhes por teu sorriso Gesto rude e descortês? O tempo tudo transforma; Perdoa e ajuda outra vez. Se queres guardar contigo A bênção da intrepidez, À frente de todo mal, Perdoa e ajuda outra vez. Injustiçado, não guardes Nem mágoas e nem porquês; Trabalhando alegremente, Perdoa e ajuda outra vez. Se almejas fazer migalha Do muito que o Mestre fez, Mesmo entregue à cruz da morte Perdoa e ajuda outra vez. |
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