Correio Fraterno

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Capítulo IV

Agora é o dia


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Escuta, meu irmão, agora é o dia

Em que a Bênção Celeste nos coroa

Convidando à tarefa clara e boa

De espalhar a alegria.


Desce do altar caseiro a que te elevas

E acende sobre a noite de quem chora

Uma réstia de aurora,

Adelgaçando as trevas…


Assinala, mais perto,

De coração fiel, amigo e atento,

O dorido lamento

Dos que passam clamando no deserto.


É a miséria sem lar vagando além,

A ignorância, torva e envilecida,

A criança perdida

E o doente cansado sem ninguém…


Desce do pedestal nobre e sublime

Em que a glória da fé te ilustra o nome,

Trazendo o pão onde se estenda a fome

E a luz de Deus onde corveje o crime.


Sobre o abismo das lágrimas debruça

O coração tranquilo e consolado

E encontrarás Jesus crucificado

Em cada peito humano que soluça…


Em ti que trazes, rútilo e fecundo,

O brasão do Evangelho na alma ardente

Recai o privilégio onipresente

De revelar o Cristo sobre o mundo!


Escuta, meu irmão, agora é o dia

Em que a Bênção Celeste nos coroa,

Convidando à tarefa clara e boa

De espalhar a alegria…


José Tatagiba
J


[. Sobre o nome do autor vide “”.]



José Tatagiba
Francisco Cândido Xavier


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