O Espírito da Verdade

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Capítulo LXXX

A festa


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Era homem de meia-idade.

Chamava-se Frederico Manuel de Ávila.

Comerciante progressista. Espírita há dois lustros, buscava pautar a existência pelo Evangelho Renovador.

Contudo, era sempre afobado.

Raro se detinha para examinar um problema maior. Impaciente. Precipitado. Febricitante.

Várias vezes fora admoestado para reduzir a marcha da própria vida.

Amigos aconselharam. Espíritos advertiram.

Tudo inútil.

Certo dia, demorando-se mais no escritório, voltou ao lar, quase noitinha, acelerado como de hábito.

De posse da chave, abriu a porta e entrou.

Percorria o corredor para chegar a uma das salas, quando nota um vulto caminhando para ele, a toda pressa, na penumbra…

Surpreendido e amedrontado, ante a figura estranha, julgou-se à frente de algum amigo do alheio e volveu sobre os próprios passos, em corrida aberta.

Na fuga, porém, tropeça num canteiro do jardim e cai, gritando, estentórico.

Os gritos atraem vizinhos, pressurosos, que o encontram desmaiado.

É conduzido ao hospital próximo.

Frederico fraturara uma perna…

Mais tarde, volta a casa com a perna engessada.

Na intimidade da família, foi compelido a lembrar-se de que aniversariava naquele dia…

E tudo ficou esclarecido.

Como se demorasse em serviço, os parentes quiseram surpreendê-lo no trabalho, verificando-se o desencontro.

A esposa e os filhos, para recepcioná-lo alegremente, em festa íntima, alteraram as disposições dos móveis do interior da casa.

E só então pôde compreender que o vulto, que o assustara, era ele mesmo refletido no grande espelho da parede da sala de jantar que fora mudado de posição…




(Psicografia de Waldo Vieira)



Hilário Silva
Francisco Cândido Xavier


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