Doutrina e Aplicação
Versão para cópiaPrefácio de Emmanuel
Amigo Leitor:
Muitos companheiros, ainda vinculados à vida física, nos solicitam orientações e roteiros de ação, qual se fôssemos mentores especialmente habilitados para indicar-lhes o caminho a seguir. Somos, porém, irmãos de jornada, aprendizes da mesma escola de evolução e vida.
A verdade, no entanto, é que a Doutrina Espírita, em si, reúne instruções e diretrizes, em todos os rumos, conclamando-nos a expressá-la em nosso próprio aperfeiçoamento espiritual e, sobretudo, convidando-nos ao trabalho de solidariedade, em que se nos faça possível testemunhar o que aprendemos e ensinamos, no relacionamento de uns para com os outros.
De que vale uma enxada inerte que se compraz tão somente em aguardar a vitória da ferrugem? Que dizer da lâmpada que se negasse a fazer luz, quando se encontra claramente preparada a fim de transmiti-la? Como interpretar a árvore que não entregasse os próprios frutos, em proveito das criaturas, de modo a guardá-los para a exaltação dos vermes? De que maneira qualificar um homem que possuísse uma biblioteca e que, além de menosprezar-lhe os livros, a encerrasse em sombra e poeira, acentuando o regalo das traças?
Não tenhamos dúvida. Chamados à aquisição do conhecimento superior, achamo-nos na condição de detentores do pão espiritual que nos compete repartir com os famintos de paz ou com as almas subnutridas de nossa própria estrada.
É por isso que, reunidos em equipe de aprendizado, nós, os amigos desencarnados, nos reunimos para estruturar e ofertar-te este livro simples e despretensioso.
Que estas páginas desataviadas, conquanto sinceras, consigam despertar-nos para compreender e amar, trabalhar e servir, sob a inspiração de Jesus, o nosso Divino Mestre, são os nossos votos.
Uberaba, 17 de Janeiro de 1989.
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